Acre fecha o mês de janeiro com quase 400 casos de dengue

Acre fechou o mês de janeiro com 372 novos casos de dengue, mas no mesmo período do ano passado contabilizava 440 casos com sorologia positiva, o que demostra uma redução de 15,5%. A morte do motorista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) Romerito de Menezes Meleiro, num leito da Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) do Hospital do Juruá no município de Cruzeiro do Sul, vítima de dengue, malária e covid-19 acedeu o sinal de alerta da Vigilância Epidemiológica.

Em 2022, foram registrados 13.274 casos de dengue no estado, mas a capital despontava com 5.370 casos positivos, seguido de Tarauacá que fechou com 3.271 casos. O município de Xapuri registrou 880 casos positivos, enquanto Cruzeiro do Sul chegou a 688 casos. Os indicadores apontaram que os municípios de Rio Branco, Tarauacá, Xapuri e Cruzeiro do Sul registraram surtos de dengue.

Apesar da Vigilância Sanitária Municipal de Rio Branco ter contratado mais de 200 agentes de endemias para fazem o trabalho preventivo nos bairros da capital acreana. Além do trabalho de monitoramento dos gestores das unidades de atenção básica de diagnosticar a existência de casos com sorologia positiva, para agilizar o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA’s) nos bairros da capital acreana.

De acordo com o levantamento, foram apenas dois casos de dengue hemorrágico nos municípios de Cruzeiro do Sul e Porto Valter.  A capital acreana registrou 164 casos com complicações clínicas, seguido de Cruzeiro do Sul que teve 22 casos, em comparação com os 198 casos registrados nas unidades hospitalares do estado.

Em 2021, foram contabilizados quase 12 mil casos com sorologia positiva no estado, com dois casos hemorrágicos, 47 casos com complicações clínicas e o restante dos casos sem complicações.

Com a chegada do período invernoso, a população acreana deve redobrar os cuidados em casa para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. As equipes dos agentes de endemias da Semsa têm percorrido os bairros diariamente para instalar armadilhas de captura das fêmeas do mosquito Aedys aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika vírus e a chikingunya. Aproveitam as visitas residenciais nos imóveis para eliminar os nascedouros larvários nas caixas d’água, com a aplicação do novo inseticida, pois nos imóveis com a presença de nascedouros do mosquito da dengue, os agentes de endemias jogam o inseticida Espinisade nas caixasd’águas para eliminar na fase inicial da larva do Aedys aegypt. [Cezar Negreiros/A Tribuna]