Artigo do Raimundo Ferreira| O Acre é para os fortes

O acreano poderá ser acusado de qualquer coisa, menos de pessimista e desestimulado, agora mesmo por conta da tragédia que estamos enfrentando, os depoimentos mais comuns que ouvimos através dos noticiários são: perdi tudo, sai só com a roupa do corpo, mas escapei com vida e isso é que importa, Deus vai dá o jeito.

Posso até está enganado, mas em poucos lugares do mundo, as pessoas perdem tudo, escapam por pouco, conforme acontece em inúmeras situações, em momentos de tragédias por alagação, conforme acontece aqui no Acre e saem declarando que vão persistir com a ajuda de Deus e tem mais, além dessa tragédia das cheias do Rio Acre, que devasta as lavouras de subsistência, criação de animais domésticos, moradias e ainda destrói barragens onde se cultivam a piscicultura e que em tempos passados aconteciam apenas uma vez em cada dez anos, mas atualmente está se repetindo todos os anos, tem muito mais contratempos, temos ainda a estação das secas, que denominamos verão amazônico, onde o sol castiga o solo, a maioria dos cursos d’água secam, a vegetação e as pastagens também ficam esturricadas pela ação do sol e do calor que gira em torno de 39 a 40 graus, ou seja, o cidadão que reside no Acre, além de determinado e resistente, precisa também saber nadar na época das chuvas e ser resistente a altas temperaturas na época do verão.