RAIMUNDO FERREIRA
COLUNA DO RAIMUNDO FERREIRA I Preconceito da moda
Em continuidade à uma certa inquietude e que, de algum modo, trás alguma contribuição para a mente não enferrujar, nós nos sentimos incomodados com essa constante narrativa, por sinal, emanada dos setores e autoridades constituídas e que fartamente circula nos meios de comunicação e que, de certo modo, apresenta-se como um mal sintoma da atualidade, um tabu e até como uma ameaça velada para alguém prática, ou é acusado de ter praticado.
Sinalizamos aqui a questão da temática mais aventada no momento, o tal preconceito. Pra início de conversa, a definição do termo fala mais ou menos, algo do tipo, pré-julgamento sobre o desconhecido, julgamento precipitado etc., ou seja, aquela velha história do julgamento pelas aparências e, nessa linha de pensamento, a conclusão elementar é que, se não conhecemos o conceito e a definição, certamente não podemos realizar o julgamento do feito ou fato.
E, partindo desse pressuposto elementar, conforme somos sabedores cada pessoa, sendo preta ou branca, de qualquer orientação sexual, rica ou pobre, nacional ou internacional etc., sem exceção, cada uma vê e encara o mundo dentro de seus valores, seus conhecimentos, suas origens etc., assim sendo, não existe qualquer lógica, qualquer razão, nem motivo para alguém se atrever a entrar no mérito, nem tão pouco julgar a conduta, o caráter e o comportamento de qualquer pessoa.
Para que um julgamento dessa natureza possa acontecer, o que caracterizaria de verdade o verdadeiro crime, seria necessário alguém fechar os olhos, fazer uma meditação totalmente egoísta e quando abri-los, se autodeclarar: essa minha cor, esse meus cabelos, essa minha estrutura corporal, os meus conhecimentos, a minha vivência de mundo etc.
Tudo isso é superior e consequentemente melhor que esses mesmos requisitos, valores e supostas qualidades que existam nas outras pessoas, ou seja, essa será uma fórmula nefasta lógica para existir o julgamento açodado e consequentemente haver de fato a prática do preconceito.
Não queremos crer que as pessoas atualmente estejam se portanto de forma tão insensatas e egoístas, simplesmente pelo prazer de segregar as outras que precipitadamente julgam serem diferentes ou inferiores.
Professor Raimundo Ferreira