RAIMUNDO FERREIRA
COLUNA DO RAIMUNDO FERREIRA I Lendas para reflexão
Relata uma lenda indu, que um príncipe indiano dedicado à religião, se imprecionou com a possibilidade de existir em algum lugar o Céu do Deus indu, Índra. A ideia transformou-se em obsessão e ele saiu a procura, depois de caminhar por muito tempo, um cachorro vira-lata começou a lhe seguir e com o passar dos dias, tornou-se seu companheiro de aventura.
A viagem continuou por anos a fio e o cachorro sempre fiel ao amigo passando fome, sede, frio, perigos, sol escaldante etc. Um belo dia, quando o viajante menos esperava, surge na sua frente o Céu de Índra, ficou feliz e abismado, e ao se aproximar do portão, um anjo disse – bom dia príncipe, seja bem vindo, nosso Deus Índra está lhe esperando, entre por gentileza, prontamente o príncipe foi adentrando juntamente com seu cachorro, nesse momento, o anjo falou – opa você pode entrar o cachorro não, como vamos admitir um vira-lata no Céu de Índra? O viajante recuou, pensou um pouco e decidiu – já que meu cachorro não pode entrar eu também não vou entrar.
Moral da história, o religioso estava passando sem saber por uma aprovação, na verdade, o cachorro que tinha lhe acompanhado e viajado por todo trajeto, era o Deus Índra na figura do cachorro.
Essa lenda é contada em contexto para ilustrar o objetivo ou meta, que o ser humano deve perseguir e ser perseverante até o final, sem perder o foco e sempre está atento às armadilhas que as circunstâncias poderão pregar para impedir o pleno êxito da jornada.
Outra lenda do mundo Islã, que corrobora com essa ideia da perseverança , objetivo e foco, conta a história de um sábio, que subia um despenhadeiro montado em um camelo e na sua frente caminhava, também montado em outro camelo, outra pessoa.
Em determinado momento o camelo da frente se assusta e atira a pessoa no penhasco, o sábio fica apavorado, desapiou e quando olhou a pessoa tinha se agarrado nuns arbustos alguns metros abaixo, o sábio ficou desesperado, providenciou alguns galhos, mas não alcançou, raspou as próprias roupas para fazer uma corda, mesmo assim foi insuficiente.
Nesse momento surge o anjo Gabriel e lhe disse, você fez o que podia para salvar, Alá reconhece isso e você já ganhou o reino do céu, vamos comigo. Nesse momento, o sábio olhou para a pessoa pendurada nos arbustos, se aproximou do anjo e diz – já que eu ganhei o céu de Alá, conforme estais me dizendo, não dá pra você trocar esse céu por um pedaço de corda? Ou seja, o objetivo de imediato, a sua meta, seu foco no momento, era salvar a pessoa que estava pendurada nas últimas forças, a questão do Céu de Alá podia ficar pra depois.