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POLÍTICA

Orientado pelo governador, secretario Pedro Pascoal se antecipa a possível surto de síndrome respiratória com leitos e UTIs

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O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, trabalhou ininterruptamente nos últimos dez dias para que o Estado não seja mais pego de surpresa em relação a síndrome respiratória aguda, que chegou a matar bebês há dois anos. Em um ambiente novo no Pronto Socorro de Rio Branco foram instalados 15 leitos de enfermaria semi-intensiva, além de dez leitos no Hospital da Criança.


Sob a orientação do governador Gladson Cameli (PP), o secretário Pedro Pascoal está 24h ligado nas informações da Fiocruz, que semanalmente solta boletins sobre a síndrome, que feito vítimas em algumas capitais do Brasil. A ideia é se antecipar aos fatos, razão pela qual, além do que já está em funcionamento, estão sendo contratados mais cinco leitos de UTI pediátrica e cinco neonatal.


Debruçado sobre essa situação nos últimos dias, envolvendo parte significativa de sua equipe, Pedro Pascoal disse ao Acrenews que outros projetos estão em curso para melhorar a saúde estadual. Médico, com sensibilidade apurada, Pascoal informa estar trabalhando, também, para impor um duro golpe em um dos problemas nunca resolvidos no Pronto Socorro da capital, a presença de pacientes nos corredores. “Só sossegarei quando limpar os corredores”, diz.

Síndrome Respiratória Aguda pode atingir seu pico em junho

Segundo o secretário Pedro Pascoal, a síndrome que está fazendo vítimas pelo Brasil a fora tem sido detectada em Rio Branco e deve atingir seu pico em junho. Até lá o que estiver ao alcance do governo será feito para evitar. “Por isso passamos uma semana morando no PS, praticamente, para resolver esses leitos e UTIs”, contou.

Os números pelo Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou recentemente o Boletim InfoGripe, que indica aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. Das 27 unidades federativas, 19 têm sinal de crescimento no longo prazo (últimas 6 semanas até 15 de abril). São elas: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.


Na análise por faixa etária, o aumento de casos nas crianças é influenciado principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Entre os adultos, a predominância é da covid-19, mas a Fiocruz destaca o peso de outras ocorrências causadas pelos vírus influenza A e B. A instituição afirma que os dados do boletim reforçam a importância de a população aderir em maior número à vacinação contra a covid-19 e a gripe.

Capitais

O estudo também indica que 17 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento da SRAG na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e Vitória (ES).


Ao analisar as quatro últimas semanas epidemiológicas, os principais tipos de vírus respiratórios identificados foram: Sars-CoV-2/Covid-19 (68,6%), influenza A (12,6%), vírus sincicial respiratório (10,9%) e influenza B (7,9%). Entre os óbitos, a presença dos vírus foi 9,1% para influenza A, 9,1% para influenza B, 6,9% para VSR e 75,0% para Sars-CoV-2 (covid-19).

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