POLÍTICA
“Tem dois estados paralelos que governam a Amazônia: narcotráfico e as ONGs”, diz Bittar, futuro relator da CPI
O senador acreano Márcio Bittar (UB) será, muito provavelmente, o relator da CPI das ONGs, proposta por seu colega senador Plínio Valério (PSDB-AM) cujo objetivo é apurar e não demonizar as organizações não governamentais, marcada para ser iniciada na próxima semana. Defensor de conceitos bem estabelecidos sobre a existência dessas organizações no coração da Amazônia brasileira, Bittar disse que chegou a hora de tirar todas as histórias malcontadas a limpo, sobretudo diante da suspeita de que dois estados paralelos administram essa região tão cobiçada, o narcotráfico e as ONGs.
A CPI deve se iniciar na próxima semana e o relator não poderia ser melhor, segundo circula nos corredores do Senado, uma vez que Márcio Bittar é um dos políticos brasileiros que mais defende o equilíbrio entre a autosustentabilidade da Amazônia e a introdução do progresso, com políticas menos arcaica que as defendidas pela esquerda brasileira. Segundo disse agora há pouco ao Acrenews, a pauta do atual governo pra região precisa ser contestada, principalmente, em razão de esta aceitar imposições internacionais escusas e por não ter o elemento essencial em seu bojo, o homem. “Falta o homem entre os elementos”, diz Bittar.
O futuro relator garante que não haverá retaliações, prática condenada pela direita, mas uma investigação bem responsável para que a verdade sobre as ONGs que atuam nessa região seja trazida a baila. O Brasil vive sendo chantageado pela América do Norte e Europa ocidental, segundo Bittar, por suas cobiças à região. E faz um questionamento curioso nesse sentido ao afirmar que, no fundo, os Estados Unidos travam uma guerra comercial com o Brasil quando patrocinam as ONGs, por uma razão elementar, o fato de o agro brasileiro ser seu concorrente direto. Quanto mais trava o progresso brasileiro, melhor para seu mercado agrícola.
Enquanto os trabalhos da CPI não se iniciam, o senador Márcio Bittar está lendo livros sobre o assunto. O objetivo é está dominando totalmente o cenário, como relator, para que contestações futuras não consigam desfazer um trabalho que era pra ter sido feito em 2007, quando um senador do Piauí, Heráclito Fortes, tentou de tudo para criar a comissão, a época com notícias nada boas em relação às atividades de ONGs na Amazônia.