POLÍTICA
Serviço de inteligência brasileiro enxerga ‘avalanche’ de até 400 mil imigrantes prestes a entrar no Acre e gabinete de crise é criado
O Governo do Acre instalou um gabinete de crise em caráter emergencial na noite desta segunda-feira, 3, depois de os serviços de inteligência do Estado e do Governo Federal descobrirem uma ‘avalanche’ humana formada por imigrantes entrando no Estado pela cidade de Inapari, no Peru. A maioria esmagadora é de africanos. Caso se confirme a entrada pela tríplice fronteira, o Acre sofrerá uma das maiores crises humanitárias da história.
A chegada de imigrantes, prevista para os próximos meses, tem origem em expurgo que o governo peruano pretende fazer, em decorrência de seu território estar com 2 milhões de estrangeiros. Desse total, pelo menos 400 mil não terão visto expedido pelo Peru. Com saída mais fácil para o Brasil por Inapari, sendo a cidade de Assis Brasil a primeira do Brasil a receber os viajantes, a crise será inevitável.
Por conta da ameaça, o governador Gladson Cameli (PP) mandou criar um gabinete especial para cuidar do assunto delicado. O Governo Federal entrou no caso, enviando o General de Briagda Maurício de Souza Bezerra com uma equipe de Ministério da Defesa para cuidar do evento antecipadamente previsto. Além do alto oficial, vieram representantes da ONU e da ACNUR.
Com as autoridades do Ministério da Defesa, o governo acreano escalou o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Alex Carvalho, para cuidar dessa agenda interministerial e tratar da crise migratória. Essa agenda é em parceria com a Sejusp, sob o comando do coronel Américo Gaia.
A comitiva fará visitas no próximos quatro dias a fronteira com Bolívia e Peru nos municípios de Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil e também será visitada a cidade de Iñapari em Peru. Ainda hoje o governo deverá disponibilizar mais informações sobre toda a operação.