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Em Guajará-Mirim, acreano abre saltenharia e ganha a preferência até dos bolivianos, criadores da iguaria

Publicado

em

Por Wanglézio Braga

Há oito anos, Gleison Camelo (44), natural de Rio Branco, escolheu Guajará-Mirim (RO), cidade localizada na fronteira de Rondônia com a Bolívia, para viver com a sua família. Sem muitas opções de trabalho, resolveu abrir uma lanchonete especializada nos quitutes acreanos. Entre as variedades produzidas por ele, uma em especial tem conquistado o paladar dos guajará-mirenses: as saltenhas acreanas.

Um detalhe chama bastante atenção nessa história. A Saltenha [Salteña] é um prato típico da Bolívia com forte predominância na região do departamento de Beni, que faz fronteira com Rondônia por meio da cidade de Guayaramerín. Lá elas são recheadas com frango, porco, carne e até com soja. Da esquerda ou da direita do Rio Mamoré, manancial que banha aquela região, o quitute é assado e a textura parece uma esfirra, um pão. Nos dois lados, o número de estabelecimentos é muito grande. Em Guajará-Mirim, elas são encontradas em lanchonetes, na frente das casas, nos restaurantes, bares e até nos hotéis.

Foto legenda: Saltenha bolivina, normalmente é assada e o recheio pode ser de carne, frango, porco e até de soja (Foto: Wanglézio Braga)

Foi nesse cenário de elevado consumo local e de forte apego à receita original que Gleison ousou driblar a tradição e apresentou a saltenha acreana: frita, com massa mais parecida com o pastel, recheada com frango, batata, azeitona e levemente apimentada. A ‘novidade’ caiu no gosto dos brasileiros e dos bolivianos.

Por dia são produzidos 300 salgados entre saltenhas e pastéis (de carne, frango, misto, queijo, e o famoso ‘bagunça do Acre’). “Tem dia que não dá vença! É toda hora chegando gente para comprar. É daqui e até do outro lado vem chega gente”, disse Gleison ao AcreNews e acrescentou: “O pessoal gosta porque a textura é melhor. É mais durinho. As verdadeiras saltenhas bolivianas tem recheio melado, são moles e a massa parece mais um pão”.

O funcionário público, David Costa (33), confirma a descrição de Gleison. Abordado por nossa equipe, foi a primeira vez que ele provou dos tempero dos salgados estilo acreanos. “Prefiro a saltenha daqui assim como o pastel de queijo. O tempero da saltenha, a textura e si são bem diferente da tradicional. Já aprovei!”, declarou.

Gleison contou que é com a venda dos salgados que ele sustenta a família e fala como é viver na “Pérola do Mamoré”. “Tenho seis filhos que ajudam também na produção e na venda (…) Graças a Deus a gente paga tudo, paga o aluguel, paga a água, paga as despesas (…) Viver aqui é muito bom. É um lugar pacato, não tem muita violência, temos muitos banhos, muitos igarapés, muita diversão. Aqui é um lugar de negócios”.

Acreano, como é carinhosamente chamado, aproveitou o espaço para mandar um recado aos seus conterrâneos. “Quem estiver com saudades dos nossos salgados, é só vir aqui e todos serão bem-vindos. Nosso lanche é um local simples de alimentação, de encontros dos amigos e aos conterrâneos ambiente para matar a saudade da nossa terrinha por meio da comida”, concluiu.

Para quem quiser conhecer a Saltenharia do Acreano, funciona de terça-feira a domingo, localiza-se no bairro Princesa Isabel, rua 10 de abril, N° 3501, em Guajará-Mirim.

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