GERAL
MPAC participa de lançamento da publicação anual sobre conflitos no campo
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) participou na última terça-feira, 05, do lançamento da publicação “Conflitos no Campo Brasil 2022”, evento promovido pela Comissão Pastoral da Terra Regional Acre (CPT-AC), que reuniu trabalhadores rurais, representantes de movimentos sociais, órgãos governamentais e parlamentares no auditório do Instituto São José, em Rio Branco.
A mesa de abertura contou com a presença de diversas personalidades, incluindo o promotor de Justiça Luis Henrique Corrêa Rolim, que na ocasião, representou o procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro do Nascimento.
“Fizemos um diálogo com a Comissão e os trabalhadores rurais, e nos colocamos à disposição para marcar uma reunião com a coordenação da Comissão Pastoral da Terra para podermos ouvir quais são os anseios com relação ao Ministério Público e qual estratégia que a gente pode elaborar para melhor atendê-los”, afirmou o promotor. Também compuseram a mesa de abertura, a representante da CPT-AC, Darlene Braga; a representante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi-AC), Ivanilda Santos; o deputado estadual Edvaldo Magalhães; o coordenador do escritório do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Acre (MDA), Cesário Campelo Braga; e o padre Anderson Marçal Dias, da Diocese de Rio Branco.
Dados sobre conflitos no campo em 2022
Segundo a publicação, houve um aumento expressivo no número de conflitos por terra em 2022. A publicação trouxe ainda informações sobre trabalho escravo e manifestações de resistência e foco de tensões na Amazônia Legal.
Somente no ano passado, o Brasil registrou 1.572 ocorrências de conflitos por terra, um aumento de 16,70% em relação ao ano anterior. O número de famílias afetadas por esses conflitos também aumentou em 4,61%, totalizando 181.304 famílias.
O estado do Acre, por sua vez, registrou 60 conflitos por terra, afetando 8.380 famílias. No entanto, esses números são ainda maiores se considerada a região do sul do Amazonas, que sofre influência direta dos conflitos identificados no estado.