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Sem articulação, Ponte do Abunã não receberá nome de personalidade do Acre
Por Wanglézio Braga
A Comissão de Infraestrutura (CE) aprovou ontem (24), o Projeto de Lei 2755/2023 que homenageia o ex-governador de Rondônia, Jerônimo Santana, com o nome da ponte sobre o Rio Madeira na Ponta do Abunã, região distrital de Porto Velho, a capital do estado.
A construção da ponte, considerada um sonho dos acreanos e moradores dos distritos de Porto Velho de Extrema, Abunã e Nova Califórnia, fica localizada na BR-364 e interligou uma margem a outra do Rio Madeira. Para a sua evidente construção, recebeu emendas de políticos do Acre bem como forte articulação, à época, junto à presidente Dilma Rousseff (PT), que ordenou no seu governo o início da obra.
A ponte custou aos cofres públicos mais de R$ 154 milhões de reais, possui 1,5 quilômetro de extensão e 14,4 metros de largura. Ela foi inaugurada na gestão Jair Bolsonaro (PL). De lá para cá, muitos nomes foram sugeridos com do ex-governador do Acre, Wanderley Dantas, do ex-governador do Território de Rondônia, Paulo Nunes, e do arcebispo-emérito de Porto Velho, Dom Moacyr Grechi. Esse último, serviu com trabalhos religiosos nos dois estados – Acre e Rondônia.
Mas, o Congresso Nacional já finaliza esse processo com a indicação do senador Confúcio Moura (MDB-RO) em homenagear Jerônimo Santana, que foi o primeiro governador de Rondônia eleito pelo voto popular, em 1986. Também foi prefeito de Porto Velho e três vezes deputado federal.
“Sua trajetória política foi marcada pela consolidação do saliente da Ponta do Abunã, por onde passa a BR-364, como território rondoniense. A região foi adquirida da Bolívia pelo governo brasileiro no início do século 20. Na década de 1980, quando o território de Rondônia foi elevado à categoria de estado, surgiram debates sobre a posse da região, que também era reivindicada pelo Acre. Foi por força de uma ação movida por Jerônimo Santana junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a localidade foi estabelecida como parte de Rondônia”, diz trecho do PL de autoria do senador Confúcio Moura (MDB).
O PL recebeu a relatoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI) e segue para a Câmara dos Deputados para apreciação dos pares, se aprovado vai para sanção do presidente Lula (PT) que pode optar por acatar ou não a ideia.