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GERAL

Aluizyo Ferreira Gomes, o Bacanagem, é gente que faz a história de Cruzeiro do Sul

Publicado

em

Ere Hidson

Filho de Luís Ferreira Gomes e Maria de Lurdes Ferreira Gomes, nascido em 03 de junho de 1937, no Seringal Nova Residência, atual Fazenda Morada Nova, de João Tota (im memorian), Aluísyo Ferreira Gomes, o popular Bacanagem é uma personalidade do Vale do Juruá.
Casou-se com Venina Sobreia Maia Gomes.

Aluysio Bacanagem, com um dos filhos, o professor e jornalista Chico Gatão


Dessa união tiveram os filhos Antônio Ferreira Gomes, professor; Raimunda Maia Ferreira Gomes; Pedro Ferreira Gomes, repórter e pastor; Francisco Ferreira Gonçalves, professor, o popular Chico Gatão, mais Chico do que gato; José Ferreira Gomes, autônomo; Helia Márcia Ferreira Gomes, advogada; Hélio Lázaro Ferreira Gomes, professor; Alexandre Ferreira Gomes, professor e jornalista; Luís Ferreira Gomes Neto, marinheiro; Maria da Glória Maia Gomes, autônoma; e Maria das Graças Maia Gomes, professora.
Seu Aluísyo nos conta que esse apelido que virou marca registrada em Cruzeiro do Sul e no Acre, se deu por conta do governador José Augusto de Araújo, que veio de Rio Branco com uma comitiva de políticos do Alto-Acre, para participar de seu casamento em Cruzeiro do Sul; naquela época, só haviam dois partidos, o PTB de José Augusto e o PSD(Rabo Chato) de Guiomard Santos.

Então, a oposição criou uma narrativa sobre a vinda de José Augusto a Cruzeiro do Sul.

“Ele veio participar de um BACANAL” Daí saiu esse apelido (Banagem).

Sempre muito trabalhador, começou muito cedo no engenho de cana-de-açucar no Seringal Nova Residência.
Inclusive, essa atividade laboriosa, foi a partir dela que veio a inspiração pra ser o Pioneiro da reciclagem em Cruzeiro do Sul.

Seu Aluísyo nos conta que, precisava ter os recipientes pra colocar o mel de cana-de-açucar, então, onde passa que tinha uma garrafa de vidro jogada, juntava com esse objetivo.
Foi acumulando as garrafas em casa, e uma pessoa precisou de algumas garrafas pra fazer um aniversário. Sr Aluísyo cedeu umas 5 grades, depois veio outra e também pediu, daí veio a inspiração para atividade de reciclagem, isso ainda no final dos anos 1967 em diante.

Destaca a parceria mais duradoura, foi com o empresário Abraão Cândido da Silva, do grupo Big-Bran, que foram mais de 30 anos nessa parceria.

Também trabalhou com o Empresário Ivo Tomé de Oliveira/Próspero Comerciante e atual pecuarista.

Também trabalhou com Abdul Carim Almeida(In Memorian) Próspero Comerciante, que teve um império em Cruzeiro do Sul e Rio Branco.

Também teve parceria com Fernando Brito, então proprietário da fábrica de guaraná que conhecemos hoje, Nauense.
Passagem que marcou essa atividade do Sr Aluísyo, foi uma balsa que pegou fogo, lotada de garrafas, vendidas pelo senhor Aluísyo ao Comerciante Pessoa, isso no início dos anos 1970.

Um homem simples, humilde, trabalhador e também de muita fé, chegou a conhecer e também acompanhar em muitos lugares da nossa região, o (Irmão José da Cruz)
“Andei com ele aqui em Cruzeiro do Sul, no São Salvador, em Mancio Lima, na Colônia, depois na Vila, em Santa Rosa e depois Rodrigues Alves”
Irmão José, era uma espécie de nomade. Ficava uma semana em lugar, outra semana em outra e assim leva seu ensinamentos pelo mundo a fora.
Nessa época não tinha estradas, era barcos ou caminhos.
Mas, eu fiquei até a hora que ele embarcou para o Alto-Juruá e não mais voltou.

Passagem interessante dessa vivência com Irmão José, se deu em Mancio Lima.
Irmão chamou os fiéis e perguntou;
“alguém tem alguma água que gostaria de fazer uma oração antes de eu partir? Então o Padre Edson respondeu. O Japiin vai secar com tanta água que o pessoal estão colhendo do Japiin pro Irmão José, Benzer”

Na Alameda das águas em Mancio Lima, desde então, nunca mais secou. Sr Aluísyo atribui à Irmão José da Cruz.
Bem humorado e muito lúcido, Sr Aluísyo descreve o final da atividade de reciclagem, como comprador de garrafas, de maneira saudosa.

“Veio o ano 2000 e surgiu a garrafa-pet, me derrubou e acabou com a minha venda”
Deixaram de usar o vaselhame de vidro, porque nas festas, as garrafas poderia se transformar em armas em possíveis brigas.
Já o plástico não tem esse perigo, mas, ressalta que entope os bueiros e corregos, causando poluição ao meio ambiente.

Ainda destaca três sobrinhos, filho de seu irmão Nelson Gomes, dois Cruzeirenses ilustres, notadamente em Brasília e Manaus.

O Médico Rui Gomes, que atualmente é deputado estadual pelo Amazonas.
E Mário Gomes, que fez a Escola Militar das Agulhas Negras no Rio deJaneiro, atualmente é General em Brasília.

E também, Graça Gomes, uma linda mulher que foi passista, nos desfile das escolas de Samba em Manaus, que casou um armador Americano, que tem um império de navios no Estados Unidos da América.
Ainda destaca a amizade pessoal que tinha com Ex-deputado e empresário Ildefonso Cordeiro.

“Um dia, eu ia passando, ele me parou e disse; Aluísyo, vou te dar um juventude que tenho lá na fazenda”
Quando menos imaginei, chegou o burro na minha porta.
Destaca ainda que, com esses rendimentos da atividade de reciclagem, conseguiu educar os 11 filhos.
Comprava os livros, os cadernos, os matérias, alimentação, e tudo vinha dessa atividade.

Lembra ainda dos filhos do coração, que foram muitos que trabalham com ele, juntamente da carroça e do burro, que era alegria da criançada nos bairros de Cruzeiro do Sul.

“Meus colaboradores, a gente comprava leite, pão, fazíamos um quebra-jejum, ali no Lanche do Nem, dali saíamos para os bairros”
Eram muitos meninos, não tinha mais, porque não espaço pra todo mundo.

Com um tino aguçado e um talento especial para esta atividade, ainda tentaram substitui-lo, mas, o substituto não deu conta, e voltaram com o Sr Aluísyo Novamente.

Sr Aluísyo, também fez parte do Grupo os Boêmios.
Composto vários personagens e saudosos da cultura e da vida Cruzeirense.

Tais como; Capitão Mário (Im Memorian)

Capitão Eliezer(In Memorian)

Djalma Cavalcante/Djalma da Loteria(Im Memorian)

Ex-vereador Kelle Araújo

Lima(im Memorian)

Amarino Sales (im Memorian)

Lins(im Memorian) que virou parte do calendário cultural de Cruzeiro do Sul, com a medalha/comenda Lins Sampaio.
E tantos outros que também já não estão entre nós.

Também foi trabalhador braçal da Pista do atual aeroporto de Cruzeiro do Sul, A convite do Capitão Nogueira do Exército.

Também trabalhou na picada da BR364 no trecho entre Rodrigues Alves a Vila Lagoinha.

Recentemente, recebeu uma moção de aplausos dado pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) pelos serviços prestados à sociedade do Acre.

Sr Aluísyo o (Banagem) entra pra história de Cruzeiro do Sul, como alguém que, trabalhou , educou os filhos e honrou a nossa terra, e nosso povo, a nossa gente.

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