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Jornalista Aldejane Pinto opina sobre o caso Jéssica: “Entre o dever e a adversidade”

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O recente episódio envolvendo a morte da enfermeira Jéssica, na BR-317, tem suscitado intensos debates na imprensa e na opinião pública. Alguns setores abordam o ocorrido como uma execução, enquanto outros defendem uma análise mais técnica e desapaixonada, em conformidade com as normas policiais.

Ao analisar o incidente, é crucial despir-se das emoções e examinar os fatos de maneira técnica. A enfermeira Jéssica não conduzia seu veículo como um motorista comum, desobedecendo não apenas uma, mas duas ordens de parada. Sua imagem, por vezes associada à fragilidade de uma mãe de família e profissional de saúde, não estava visível de imediato.

Por outro lado, é imperativo considerar a perspectiva dos policiais envolvidos. Colocar-se no lugar de um profissional que, munido de responsabilidade e dever, enfrenta a tarefa de conter um veículo que desrespeitou repetidas ordens de parada é essencial para compreender o contexto, notadamente, em se tratando de uma BR que é corredor de passagem de perigosos traficantes e ladrões de veículos.

A análise fria desses eventos requer a formação de uma comissão imparcial, incumbida de julgar as ações dos policiais. A avaliação deve ser meticulosa, levando em conta as circunstâncias específicas e as normas estabelecidas.

É válido refletir sobre a pressão enfrentada pelos policiais em situações de alta adrenalina, quando a orientação de abater veículos que desrespeitam barreiras policiais é recebida. Colocar-se no lugar desses profissionais é um exercício que nos leva a questionar: o que faríamos em tal situação?

Em última análise, a busca pela verdade e pela justiça exige um olhar equilibrado sobre os acontecimentos. Somente através de uma análise imparcial e técnica poderemos compreender integralmente o desdobramento desse trágico episódio e as lições que podemos extrair para aprimorar nossos sistemas de segurança e justiça.

Por último, observamos que a mesma opinião pública e parte da imprensa que julga e condena a ação dos policiais, não tem posto no mesmo texto que Jéssica estava descumprindo normas de trânsito, desobedecendo ordens policiais, colocando em risco a vida de terceiros, que estava enfrentando problemas de saúde, e que no nosso Acre não costumamos ver a polícia abater pessoas inocentes, sendo este um caso que requer cautela no trato. Portanto, em que pese possível excesso polícial, a evolução da ocorrência se deu pelo comportamento da motorista, e não se trata de uma simples execução.

  • Aldejane Pinto é jornalista e Policial Penal
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