A volta do jornalista Altino Machado ao ateliê-museu do artista Dalmir Ferreira, “que traduz o espírito da Amazônia”

Altino Machado

DALMIR FERREIRA | É sempre bom voltar ao ateliê-museu de Dalmir Ferreira. Ele é poeta, memorialista, artista plástico e um dos mais inquietos vanguardistas da cultura acreana. Graduado em Engenharia de Operações e História, é servidor aposentado da Universidade Federal do Acre. O ateliê-museu abriga uma expressiva biblioteca e um acervo robusto de obras e documentos, se constituindo em retrato vivo da densidade intelectual e da sensibilidade artística que ele cultiva ao longo de décadas.

Premiado tanto na pintura quanto na literatura, Dalmir participou de inúmeras exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior, sempre deixando marcas de originalidade e rigor estético. Sua obra é atravessada por um vasto conhecimento sobre a cultura amazônica, resultado de viagens, pesquisas e experiências profundamente enraizadas na região. Poucos artistas souberam traduzir com tamanha força o espírito da Amazônia — e Dalmir Ferreira é, sem dúvida, um deles.