CULTURA & ENTRETENIMENTO
Acre despede-se de Etinildo Lopes, ícone da seresta e voz marcante de confraternizações
Foi anunciada nesta segunda-feira a morte de Etinildo Lopes, renomado tecladista e uma das vozes mais admiradas da seresta acreana. A notícia, dada por volta das 10h, chocou fãs, amigos, familiares e toda a cena boêmia local — o artista deixou uma marca profunda na cultura musical do Acre.
Etinildo era reverenciado como um dos seresteiros mais completos do estado, estimado por sua versatilidade, sua presença nos palcos e sua capacidade de encantar plateias. Desde os anos 80, ele animava confraternizações, festas e eventos, com repertório que agregava clássicos da seresta, belas canções românticas e interpretações cheias de emoção. Trabalhou em períodos áureos, como os da Saudosa Maloca e do Sborba — locais e momentos que simbolizam memória, festa e música em Rio Branco.
Também era considerado guardião de um legado artístico importante: o de Geraldo Leite e Auricélio Guedes, mestres da seresta acreana, cujas influências se refletiam no estilo de Etinildo — na entrega, no sentimento e no respeito ao público. Sua música não era apenas entretenimento, mas celebração da tradição, das histórias afetivas e da amizade compartilhada em noites seresteiras.
Até o momento, ainda não foram divulgadas informações oficiais sobre as circunstâncias da sua morte nem data de velório ou sepultamento. O legado de Etinildo Lopes, contudo, permanece vivo em cada canção, em cada memória de quem o ouviu ao vivo, nos momentos de festa sob luzes tênues, na simplicidade de uma seresta ao luar.