Acre registra até 5,3% de alta na carne em novembro e pesquisa aponta pressão de fim de ano nos preços

Os preços da carne bovina e dos ovos em Rio Branco subiram até 5,3% em novembro, segundo levantamento do PET Economia realizado entre os dias 8 e 13. O mês foi marcado por fortes oscilações: cortes importantes tiveram altas significativas, apenas um item caiu, e os primeiros efeitos do fim de ano já começam a pesar no orçamento das famílias acreanas.

O coxão mole liderou as elevações, com alta de 5,30%, seguido por fraldinha (+4,58%), coxão duro (+3,43%), alcatra (+3,19%), pá sem osso (+3,09%) e patinho (+2,99%). Até a cartela de ovos (30 unidades) encareceu, registrando aumento de 3,96%. O único produto com queda foi o fígado, que recuou 4,17%.

O estudo monitora mensalmente cortes amplamente consumidos pela população, como picanha, filé, alcatra, fraldinha e patinho, para identificar tendências e impactos no custo de vida do acreano. Neste mês, o comportamento de preços sugere pressão moderada, concentrada nos cortes intermediários — justamente os que mais pesam no bolso do consumidor.

Segundo os pesquisadores, as variações são explicadas por fatores combinados: custos de reposição, dinâmica da oferta interna, aumento da demanda pré-festas e oscilação da arroba do boi, que, como destaca o estudo do Prof. Dr. Rubicleis Silva, influencia diretamente o preço final da carne no Acre.

A pesquisa também identificou que açougues e supermercados elevaram preços de forma similar, refletindo o movimento típico do período e a expectativa de maior consumo até o Natal e Ano-Novo. Já a queda no preço do fígado indica uma acomodação natural do segmento, influenciada por menor elasticidade de renda e ajustes de varejo.

Com o mercado local estável, porém sujeito à sazonalidade, a tendência é de novas pressões nos próximos meses. O PET Economia continuará o monitoramento mensal para atualizar os consumidores sobre os efeitos reais desses movimentos no dia a dia das famílias.