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ESPORTE

Acreanão: conheça os técnicos campeões dos últimos 50 anos de disputa

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em

MANOEL FAÇANHA

Num mergulho na história, o site Na Marca da Cal resolveu trazer aos seus leitores, a lista dos 34 técnicos campeões das últimas 50 edições do Campeonato Acreano (1975 –  2024).

O eclético José Aníbal Tinoco, ex-goleiro, de estatura baixa, mas de uma impulsão fenomenal, é o maior colecionador de títulos da história, um total de cinco conquistas e todas no comando técnico do Atlético Clube Juventus (1975-1976, 1980-1981-1982). O profissional ainda colecionou outros dois títulos no comando técnico do Juventus: 1966 e 1969.

 

Seleção Acreana – 1957. Em pé, da esquerda para a direita: Pedrito, Cidico, Boá, Antônio Leó, Mozarino, Zé Cláudio, Valdo, Adalberto Pereira e Tinoco. Agachados: Bararu, Carreon, Fued, Roberto Araújo, Touca, Hugo e Pedro Feitosa. Foto/Acervo Clóter Boaventura.
Juventus – 1966. Em pé, da esquerda para a direita: Aníbal Tinoco (técnico), Touca, Elísio, Carreon, Roney Neves, Ayrton Ibyanez, Campos Pereira e Elói. Agachados: Zé Melo, Chico Muniz, Tancremildo, Estevão, Nemetala e Carlos Mendes. Foto/Acervo Tancremildo Maia.
Juventus – 1966. Em pé, da esquerda para a direita: Tinoco, Pedro Louro, Carreon, Carlos Mendes, Campos Pereira, Zé Augusto e Antonio Anelli. Agachados: Escurinho, Nemetala, João Carneiro, Zé Melo e Elias. Foto/Acervo Francisco Dandão.
Juventus – 1968 – Em pé, da esquerda para a direita: Rômulo, Zezé Gouveia, Viegas, Escurinho, Nostradamus, Tinoco e Milton – Nilson, Aírton, Dadão, João Carneiro, Nemetala e Elói – Foto/Acervo Francisco Dandão.
No início dos anos de 1970, o ex-jogador da seleção brasileira, Vavá, participou de jogo festivo com a camisa do Juventus, no José de Melo. Da esquerda para a direita: Campos Pereira, Tinoco, Otacílio, Vavá e padre Antônio Anelli. Foto/Acervo Manoel Façanha.
Juventus – 1968. Em pé, da esquerda para a direita: Aníbal Tinoco, Ernesto Santos, Elias Mansour, Rômulo, Zezé Gouveia, Joaquim Cruz, Deca, Nilton Santos, Benevides, Escurinho, Altir, Pope, Nilson e João Carneiro. Agachados: Carlos Mendes, Dadão, Eloí, Airton, Nemetala, Airton Rosas e Nostradamus. Acervo. Benevides
Seleção Acreana de Juniores – 1979. Em pé, da esquerda para a direita: Aníbal Tinoco (técnico), Normando, Tonho, Maurílio, Klowsbey, Gerson, Lécio, Cleber, Jaime, Marquito e Ronivon Santiago (preparador físico). Agachados: Edilson, Medeirinho, Neto, Litro, Paulinho, Roberto Ferraz e Carioca. Foto/Acervo Cleber Lima.
Juventus – 1987. Em pé, da esquerda para a direita: Vidal, Aníbal Tinoco (técnico), Mauricinho, Roberto Ferraz, Carlinhos Magno, Normando, Rocha, Sabino e Diogo Elias (diretor). Agachados: Helinho, Neivo, Zito, Carioca, Renísio, Jáder, César Limão e Siqueira. Foto/Acervo Francisco Dandão.

 

Tinoco tinha formação no curso de Educação Física e ministrou aulas em escolas de 1º e 2º graus e ainda na Universidade Federal do Acre (Ufac). O educador ainda foi presidente do Conselho Estadual de Educação e diretor geral dos Serviços de Educação Física do Estado. O ex-atleta/técnico também tinha formação na área jurídica e faleceu nos primeiros anos de 2000.

Na política, o técnico era pessoa influente e se elegeu para dois mandatos para a Câmara de Vereadores de Rio Branco-AC durante a década de 1980, usando a sigla do extinto Partido Democrático Social (PDS). Tinoco era pai do ex-goleiro Normando (atleta com passagens por Juventus, Independência e Andirá) e da professora Norma Tinoco, educadora do curso de Educação Física da Universidade Federal do Acre (Ufac) e ainda esposa do ex-goleiro/técnico Illimani Suares.

Outros três treinadores da história do futebol acreano

Walter Felix de Souza (Té), o “Velho Feiticeiro”, carregada por jogadores e torcedores do Independência, em 1988. Foto/Acervo Manoel Façanha

Grande estudioso do futebol, o saudoso professor Walter Felix de Souza (Té), apelidado por alguns decanos da crônica esportiva local de “Velho Feiticeiro”, é outro grande personagem que fez história como treinador do futebol local e neste meio século de disputa de estaduais (1975-2024), ele conquistou no comando técnico do juventino o título de 1984 e, posteriormente, na direção técnica do Independência o último título da era do futebol amador (1988). No mesmo clube, Té foi peça chave nas conquistas dos títulos de 1972 e 1974, esse último na chamada quarta partida (maior imbróglio da história jurídica desportiva acreana), que foi disputada somente em dezembro de 1973, vencida nas cobranças de pênaltis pelo Independência diante do Juventus, após empate no tempo normal de partida por 1 a 1.

Dois fatos curiosos ocorreram nesse período de meio século do futebol acreano, isso na longínqua temporada de 1977. O primeiro foi o fato do técnico do Rio Branco, Antônio Leó, após divergência com a diretoria, deixar o clube e, para o seu lugar, o clube resolver apostar numa comissão técnica composta por três jogadores do clube: Illimani Suares, Tadeu Belém e Mário Vieira, além dos pitacos do então vice-presidente do clube, advogado Edmir Gadelha. A segunda diz respeito a uma nova disputa de tapetão, mas agora envolvendo o Rio Branco e o AC Juventus. O Estrelão foi à justiça desportiva para requerer os pontos perdidos para o Juventus, alegando que o zagueiro Neórico teria sido escalado de forma irregular. O tempo passou e quando saiu o veredicto, a torcida estrelada comemorou o campeonato e a juventina lamentou a perda do tricampeonato.

Rio Branco, campeão estadual de 1983. Foto/Acervo Pessoal Manoel Façanha

Outros três treinadores que dirigiram equipes neste período merecem destaque. O primeiro deles é o falecido técnico Júlio D’anzicurt, profissional que conquistou três títulos neste período (1978, 1987 e 1990). O segundo diz respeito ao  amazonense João Carlos Cavalo, técnico que comandou o Rio Branco nas conquistas de três estaduais na era do futebol profissional (2004-2005 e 2014). O nosso terceiro personagem é o técnico Álvaro Miguéis, de 61 anos, hoje no comando técnico do Independência. O profissional soma três títulos de estaduais dirigindo o Atlético Acreano (2016-2017 e 2019).

 

Jogadores do Gala Carijó carregam o técnico Júlio D’anzicurt durante o festejo do título do Campeonato Acreano de 1987. Foto/Acervo Manoel Façanha
Rio Branco – 2005. Em pé, da esquerda para a direita: Donizete, Dudu, Bonieque, Marinho, Val Manaus, Acosta, Raiscifran, Amarilzon, Norge Romero (médico), Selcimar Maciel (treinador de goleiros) e João Carlos Cavalo (técnico). Agachados: Zedivan, Ley, Zé Marco, Bazinho, Ananias, Zezé, Juliano César, Dema, Neib, Marquinhos Calafate e Manoel (massagista). Foto/Manoel Façanha.
o técnico Álvaro Miguéis é jogado pra cima pelos jogadores do Galo após o título do estadual de 2019. Foto/Sérgio Vale.

 

Neste período de 50 anos de puro Campeonato Acreano, 36 edições do torneio foram realizadas no regime profissional (1989 – 2024) e outras 14 edições no regime amador. O clube com maior número de conquistas é o Rio Branco, com 22 taças. Com oito troféus a menos surge o Juventus (12), agremiação ausente dos gramados desde 2013. As equipes do Independência e do Atlético Acreano dividem a terceira posição, cada uma delas com cinco taças.

 

Juventus – campeão acreano de 1996. Em pé, da esquerda para a direita: Carlos, Ico, Valtemir, Gualter Craveiro (técnico), Jorge Cubu, Hélio, Messias (preparador físico) e Sorriso (massagista). Agachados: César, Adriano Louzada, Sairo, Tinda, Ney e Nego. Foto/Manoel Façanha
O técnico Marcelo Altino conversa com um repórter colombiano a véspera da estreia na Copa Conmebol de 1997. Foto/Arquivo Pessoal Manoel Façanha
O técnico Ulisses Torres retornou Rio Branco e entrou para a história com o título estadual de 2023. Foto/Manoel Façanha.
Rio Branco FC, campeão Estadual de 2003. Em pé, da esquerda para a direita: Célio (roupeiro), Ismael, Tangará, Rozier, Davi, Diogo, Ananias, Marcão, Luís Carlos, Maurício. Segunda fila: Getúlio Pinheiro (presidente), Papelim (técnico), Máximo, Dudu, Acosta, Ben Jonson, Norton (médico), Manoel (massagista) e Natal Xavier (vice-presidente). Sentados: Diogo Elias (supervisor), Ley, Duarte, Miquinha, Ricardinho, Léo, Juliano, João Paulo, Marcelo Cabeção e Wallace. Foto/Manoel Façanha.

 

Veja a lista dos técnicos campeões

1975/Juventus/Tinoco

1976/Juventus/Tinoco

1977/Illimani Suares, Tadeu Belém e Mário Vieira

1978/Juventus/ Júlio D’anzicurt

1979/Rio Branco/Antonio Leó

1980/ Juventus/Tinoco

1981/ Juventus/Tinoco

1982/Juventus/Tinoco

1983/ Rio Branco/Illimani Suares

1984/ Juventus/ Walter Félix (Té)

1985/ Independência/Ronivon Santiago

1986/ Rio Branco/Coca-Cola

1987/ Atlético-AC/Júlio D’anzicurt

1988/ Independência/Walter Félix (Té)

1989/Juventus/Mario Vieira

1990/Juventus/Júlio D’anzicurt

1991/Atlético-AC/José Augusto Cunha

1992/Rio Branco/Paulo Roberto Oliveira

1993/Independência/Aníbal Honorato

1994/Rio Branco/José Aparecido (Nino)

1995/Juventus/Gualter Craveiro

1996/Juventus/Gualter Craveiro

1997/Rio Branco/Marcelo Altino

1998/Independência/Gilmar Sales

1999/Vasco da Gama/Ulisses Torres

2000/Rio Branco/Illimani Suares

2001/Vasco da Gama/Marcelo Altino

2002/Rio Branco/Papelim

2003/Rio Branco/Papelim

2004/Rio Branco/João Carlos Cavalo

2005/Rio Branco/João Carlos Cavalo/

2006/Adesg/Marquinhos Bahia

2007/Rio Branco/Artur de Oliveira

2008/Rio Branco/Pedrinho Rocha

2009/Juventus/Edson Maria (Som)

2010/Rio Branco/Tiago Nunes

2011/Rio Branco/Everton Goiano

2012/Rio Branco/Guilherme Macuglia

2013/Plácido de Castro/Luis Carlos

2014/Rio Branco/João Carlos Cavalo

2015/Rio Branco/Nei Gaúcho

2016/Atlético/Álvaro Miguéis

2017/Atlético/Álvaro Miguéis

2018/Rio Branco/Jader de Andrade

2019/Atlético/Álvaro Miguéis

2020/Galvez/Zé Marco

2021/Rio Branco/Marcelo Brás

2022/Humaitá/Emanuel Sacramento

2023/Rio Branco/Ulisses Torres

2024/Independência/Erick Rodrigues

VEJA OS NÚMEROS

5

Tinoco (1975, 1976, 1980, 1981, 1982)

3

Júlio D’anzicurt (1978, 1987 e 1990)

João Carlos Cavalo (2004, 2005 e 2014)

Álvaro Miguéis (2016, 2017 e 2019)

2

Walter Félix (1984 e 1988)

Illimani Suares (1983 e 2000)

Gualter Craveiro (1995 e 1996)

Marcelo Altino (1997 e 2001)

Ulisses Torres (1999 e 2023)

Papelim (2002 e 2003)

1

Antonio Leó (1979)

Ronivon Santiago (1985)

Coca-Cola (1986)

Mário Vieira (1989)

José Augusto Cunha (1991)

Paulo Roberto Oliveira (1992)

Aníbal Honorato (1993)

José Aparecido “Nino” (1994)

Gilmar Sales (1998)

Marquinhos Bahia (2006)

Artur Oliveira (2007)

Pedrinho Rocha (2008)

Edson Maria “Som” (2009)

Tiago Nunes (2010)

Ulisses Torres (1999 e 2023)

Everton Goiano (2011)

Guilherme Macuglia (2012)

Luís Carlos (2013)

Nei Gaúcho (2015)

Jader de Andrade (2018)

Zé Marco (2020)

Marcelo Brás (2021)

Emanuel Sacramento (2022)

Erick Rodrigues (2024)

Veja os clubes campeões

Rio Branco FC: (1977,1979,1983,1986,1992,1994,1997, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2010, 2011, 2012, 2014, 2015, 2018, 2021 e 2023) = 22

Juventus: (1975, 1976, 1978, 1980, 1981, 1982, 1984, 1989, 1990, 1995, 1996 e 2009) = 12

Independência FC: (1985, 1988, 1993, 1998 e 2024) = 05

Atlético Acreano: (1987, 1991, 2016, 2017 e 2019) = 05

Vasco da Gama: (1999 e 2001) = 02

Adesg: (2006) = 01

Plácido de Castro: (2013) = 01

Imperador Galvez: (2020) = 01

Humaitá: (2022) = 01

 

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