Um desabafo do produtor rural Zé Filho em vídeo jogou luz sobre um problema que tem tirado o sono de empreendedores, trabalhadores e moradores em Tarauacá. Um trecho da BR-364, na altura da terceira entrada da cidade, foi escavado pelo DNIT para a construção de uma rotatória em frente ao maior frigorífico da região, que emprega mais de 200 pessoas. O problema é que a obra ficou pela metade, e o acesso principal virou um lamaçal cheio de buracos, atolando caminhões e parando a produção.
Segundo Zé Filho, a retirada do rachão — que antes garantia o trânsito até o frigorífico — foi feita sem qualquer planejamento, e a empresa responsável abandonou o serviço. A situação se agravou com a exigência do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que só libera o funcionamento do frigorífico quando o acesso for refeito, o que torna ainda mais urgente a conclusão da obra por parte do poder público.
Além da lama, outro risco é o muro de arrimo do frigorífico, que está prestes a ceder por causa de uma sarjeta improvisada. A água da chuva tem escavado a base da estrutura, colocando em risco o patrimônio da empresa e a segurança de quem trabalha ou mora nas proximidades.
Zé cobrou sensibilidade do DNIT e do responsável pela obra. Para ele, o abandono escancara o desrespeito com quem investe no município. “Tarauacá não pode mais aceitar esse tipo de tratamento. O empreendedorismo deve ser respeitado, não sabotado”, concluiu.
O outro lado
A redação do Portal Acre Mais tentou contato por telefone com o diretor-presidente do DNIT no Acre, Ricardo Araújo, mas não obteve êxito.