Acusada de comandar execução no Acre por videochamada de São Paulo tem pedido de novo júri negado

A presidiária Rita Rocha do Nascimento, condenada pela execução de Kesia Nascimento da Silva, teve o pedido para anular o julgamento negado. A decisão foi dos Desembargadores que compõem a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.

Na apelação criminal, a defesa da acusada argumentou que a decisão do Conselho de Sentença foi contrária as provas do processo, mas, ao analisar o caso, o relator da matéria, Desembargador Samoel Evangelista, entendeu que os jurados optaram por uma das teses que constam na apelação penal. “Afastando-se, assim, o argumento de decisão contrária à prova, com a qual a ré pretendia anular o júri”, ressaltou o magistrado.

Ainda no recurso, os Desembargadores entenderam que a pena de ocultação de cadáver deve ser reduzida, mas caberá ao juiz da Vara de Execuções Penais estabelecer o novo patamar.

Em 8 de setembro de 2022, Rita Rocha do Nascimento, conhecida como “Justiceira” de uma organização criminosa, foi condenada a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato de Kesia Nascimento da Silva. O julgamento foi realizado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri e a ré participou por videoconferência de um presídio de São Paulo.

Kesia Nascimento foi morta em janeiro de 2020 após ser sequestrada por criminosos em sua residência na região do Calafate. Rita Rocha do Nascimento, apontada como uma das mandantes do crime, teria acompanhado a execução da vítima direto de São Paulo por meio de uma videochamada.

Rita Rocha foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e por integrar organização criminosa.