ESPORTE
Adem Araújo (FFAC) recebe moção de aplausos da Câmara e promete investir parte do “supersalário” no futebol
MANOEL FAÇANHA, com informações do ac24horas
Não será por falta de apoio de entidades, políticos e desportistas que o empresário Adem Araújo não terá seu cargo de presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC) homologado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Bem relacionado em vários setores da sociedade acreana e bastante querido no meio esportivo, o empresário recebeu na manhã desta terça-feira (29) uma moção de aplauso da Câmara de Vereadores de Rio Branco. Adem Araújo aproveitou o espaço concedido e uso o tempo de tribuna para dizer que caso receba “supersalário”, irá investir parte dele nos clubes do estado.
O requerimento da moção de aplauso a Adem Araújo foi protocolado pelo vereador Antônio Morais (PP), e aprovado por unanimidade pelos demais parlamentares.
“Nem almejo esse salário que se fala. Se fala do salário significativo, mas isso é lenda, hoje eu não sei nem quanto é esse salário, mas sei que não é perto do que falam, e se o salário for esse que estão propagando, vou ter condição de ajudar muito mais o futebol porque vamos pegar parte desse salário e investir, porque sou um entusiasta do futebol de base”, afirmou o empresário.
O empresário se referia a uma matéria publicada no mês de abril pela revista Piauí, a qual divulgou que os novos vencimentos para presidentes das federações estaduais e do Distrito Federal passou de R$ 50 mil para R$ 215 mil. Segundo a revista, o reajuste ocorreu durante as articulações para a reeleição do presidente Ednaldo Rodrigues a presidência da CBF, mandato esse que começa somente no mês de março de 2026.
Adem Araújo confiante na homologação de seu nome na CBF
O empresário Adem Araújo enfrenta questionamento de alguns dirigentes de clubes filiados. O presidente do Rio Branco Valdemar Neto, por exemplo, chegou a questionar a sua homologação, alegando que o dirigente tinha DNA com o Santa Cruz, clube que o empresário respondia pelo cargo de CEO, mas que, após a morte de Aquino Lopes, renunciou ao cargo. Com isso, o cartola não acredita que haja algum tipo de dificuldade para sua homologação na entidade esportiva.
“O estatuto nos permite assumir, pois o único impedimento que eu tinha era ser presidente de clube, mas me afastei totalmente da direção do Santa Cruz. Entretanto, existe um porém, que alguns se apegam porque sou sócio deste clube. Sou um dos acionistas do Santa Cruz e isso tem dado subsídio para alguns falarem o que não deve. No nosso país, por exemplo, tem alguns clubes como o Cuiabá, que um dos acionistas é o presidente da Federação Mato-grossense de Futebol. Outro fato é o caso do Bangu, cujo um dos donos do time é presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro. Portanto, por estes motivos expostos, a gente crê que o cargo é nosso”, comentou o empresário.