GERAL
Amazônia é o mais novo ponto de atrito entre Lula e Jair Bolsonaro na corrida presidencial
Petista diz que, se se for eleito em outubro, vai revogar exploração e mineração em Terras Indígenas; “eles estavam aqui antes dos portugueses”, disse esta manhã em entrevista a uma rádio de Minas
Por Tião Maia, para AcreNews
A possibilidade de atividades de mineração em Terras Indígenas, de acordo com proposta do Governo federal aprovada através de requerimento de urgência aprovado na Câmara dos Deputados, além da própria Amazônia – são os mais pontos de divergências entre os dois principais concorrentes à presidência da República, o ex-presidente Lula, do PT, e o atual, Jair Bolsonaro, do PL. Na manhã desta quarta-feira (10), Lula convocou a imprensa para dizer que, se eleito no pleito de outubro — o petista lidera a corrida à Presidência da República -, trabalhará para impedir atividades de garimpo em áreas demarcadas como terras indígenas.
“Eles estavam (indígenas) aqui antes de os portugueses chegarem”, disse Lula em entrevista concedida hoje para a rádio mineira Itatiaia. “Os índios não são intrusos. Não temos que importuná-los: temos que dar-lhes o direito de viver decentemente”, disse. “É mais importante cuidar da Amazônia do que achar um pouco de ouro em terra indígena”, finalizou.
O argumento do governo federal para explorar Terras Indígenas é a busca pelo potássio, um dos macronutrientes que formam os fertilizantes para o agronegócio, e o maior exportador da substância para o Brasil é a Rússia, alvo de sanções econômicas por parte do Ocidente após invadir a Ucrânia. Na semana passada, Bolsonaro chegou a usar o conflito entre Rússia e Ucrânia para defender a exploração de potássio em terras indígenas. “Corremos o risco de falta”, afirmou.
Dados levantados pelo jornal O Estado de S. Paulo, porém, mostram que as principais minas de potássio localizadas no Brasil se encontram fora, e não dentro de terras indígenas.
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