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Amigo de Lula, Ortega agora mira igrejas protestantes em perseguição na Nicarágua

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O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, conhecido por seu histórico de conflitos com a Igreja Católica, está agora ampliando seu foco para as igrejas protestantes no país centro-americano. Ortega, que tem um passado marcado por ativismo e prisão durante a ditadura de Somoza, lidera um governo acusado de graves violações dos direitos religiosos.

“Ortega abandonou a religião católica após o movimento Sandinista assumir o poder em 1979, adotando uma postura ateísta que, como em Cuba, encontrou resistência significativa entre a maioria cristã da Nicarágua”, disse um observador local.

Em uma tentativa de ganhar apoio eleitoral, Ortega adotou superficialmente uma retórica misturando “Cristianismo e Socialismo”, enquanto enfrentava protestos estudantis em 2018, muitos dos quais encontraram refúgio em igrejas católicas. O governo respondeu com repressão, incluindo a prisão de padres e ataques a templos católicos.

Recentemente, Ortega e sua família foram vistos em eventos públicos com líderes protestantes, apesar das ações contínuas de fechamento de igrejas e confisco de propriedades católicas e protestantes. Organizações de direitos humanos como a Christian Solidarity Worldwide denunciaram a intensificação das restrições religiosas sob seu regime, equiparando-o a Cuba como um dos piores violadores da liberdade religiosa no hemisfério.

“É alarmante ver o governo Ortega perseguir todas as formas de expressão religiosa que não se alinham com sua visão política”, comentou um analista religioso. “Os protestantes, que representam cerca de 40% da população, estão enfrentando um aumento na pressão governamental, com o fechamento de centenas de organizações e interferências constantes em suas atividades”.

De acordo com Evangelical Focus, a situação atingiu um ponto crítico com a condenação de líderes religiosos protestantes associados ao Ministério Mountain Gateway, após um julgamento controverso que resultou em longas penas de prisão e confisco de bens. O governo alegou lavagem de dinheiro, uma acusação negada veementemente pelo ministério e por seus apoiadores.

“É evidente que Ortega está usando táticas severas para silenciar qualquer voz discordante, seja católica ou protestante”, alertou um defensor dos direitos humanos. “É crucial que a comunidade internacional se mobilize para responsabilizar Ortega por suas violações aos direitos humanos e à liberdade religiosa na Nicarágua”.

Em resposta à escalada de repressão, líderes religiosos e defensores dos direitos humanos pedem uma ação mais firme por parte dos Estados Unidos e da comunidade internacional para enfrentar as políticas de Ortega, que visam “cancelar” a sociedade civil do país.

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