GOSPEL
Ana Paula afirma que igrejas estão transformando o altar em vitrine de jovens sarados
A cantora e pastora Ana Paula Valadão, líder do ministério Diante do Trono, voltou a movimentar as redes sociais após declarações polêmicas feitas durante sua participação em um podcast recente. Conhecida por opiniões diretas, a artista chamou atenção ao falar sobre a forma como algumas igrejas têm conduzido a escolha de líderes e também sobre os rumos da música gospel atual.
“Franquias” e troca de pastores experientes por “bonitões”
Durante a entrevista, Ana Paula utilizou o termo “franquia” para se referir a igrejas que, segundo ela, estariam demitindo pastores mais velhos para substituí-los por líderes jovens, “bonitões e musculosos”, escolhidos pela aparência em vez da experiência espiritual.
Para a pastora, esse comportamento revela falta de respeito aos mais velhos e compromete o futuro dessas comunidades. “É uma geração fadada ao fracasso, porque não honra nem os pais e avós dentro da própria casa”, disparou.
Crítica à nova geração de cantores e às igrejas “de medley”
Ana Paula também direcionou críticas à atual cena gospel, especialmente no modo de consumo e produção musical. Segundo ela, muitos artistas hoje se concentram apenas em lançar singles passageiros, sem tempo de oração ou vida espiritual consistente.
Ela apontou ainda que diversas igrejas têm adotado uma prática de cantar apenas os trechos mais conhecidos das músicas do momento, transformando os cultos em um rápido compilado de refrões. “São dez canções em cinco minutos, porque só pegam as partes fortes para gerar movimento”, afirmou.
Desvalorização de artistas veteranos
Outro ponto levantado pela líder do Diante do Trono foi a falta de reconhecimento aos cantores mais antigos do gospel. Em comparação com o cenário secular, ela citou Roberto Carlos, que mesmo em idade avançada segue lotando shows. Para Ana, no meio evangélico ocorre o contrário: artistas com décadas de contribuição acabam esquecidos.
Ela pediu ao público que valorize os veteranos ouvindo seus trabalhos nas plataformas digitais. “Muitos já não têm condições de subir aos palcos, e essa é a única fonte de renda deles na era do streaming”, destacou.
O FUXICO GOSPEL