POLÍCIA
Após pedido de advogado, oito presos da operação “Boi de Ouro” são liberados
Oito presos durante a operação “Boi de Ouro”, tiveram as prisões preventivas revogas na noite desta sexta-feira, 12, pela Justiça do Acre. A decisão foi do Juiz da Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Rio Branco Robson Aleixo, após analisar um pedido feito pelo advogado Jair Medeiros.
O criminalista alegou no recurso, que Douglas Cristo Brizola, está preso há mais de 90 dias, o que configura excesso de prazo. “Já se passaram três meses é a denúncia nem foi oferecida anda” disse Medeiros. Depois do parecer favorável do Ministério Público do Acre, o magistrado acatou o pedido e estendeu a decisão para os outros sete acusados.
São eles: Aldair Francisco Batista Campos, Francisco Pereira de Souza, Paulo Sérgio Batista, Marcos Antônio Batista, Luiz Gustavo do Nascimento, André Luiz Batista e Willian da Silva Gomes.
O grupo terá que cumprir algumas medidas cautelares, entre elas, comparecimento em juízo sempre que for chamado, manter o endereço e telefone atualizados, além de proibição de ausentar-se da comarca sem prévia comunicação e de manter contato com testemunhas, vítimas e demais investigados.
Para o magistrado a gravidade do delito por si só não autoriza o encarceramento provisório dos acusados por tempo indeterminado.
A operação “Boi de Ouro”, foi deflagrada pela Polícia Civil do Acre em 10 de fevereiro deste ano. A ação tinha como foco desbaratar uma quadrilha especializada em furtar gado.
A investigação foi conduzida pela delegacia de Polícia Civil de Acrelândia, mas a pedido do Ministério Público Estadual, o processo foi transferido para a Vara de Delitos de Organizações Criminosas da comarca de Rio Branco.
A justifica foi que as investigações demonstram a possível existência de uma organização criminosa especializada no furto de gado, com ramificações em várias cidades do Acre é até em outros estados.
O advogado Ismael Tavares também foi preso na operação. Atualmente ele é monitorado por tornozeleira eletrônica.
A partir de agora a Polícia Civil terá que cumprir uma série de diligências, que foram solicitadas pelo Ministério Público, entre elas, a indicação de todos os inquéritos em que os investigados figuram autores de furto de gado.