GOSPEL
Arcebispo proíbe “bênçãos” para pessoas do mesmo sexo e repreende Papa
O arcebispo católico no Cazaquistão, Tomash Peta, emitiu um repúdio à orientação do escritório doutrinário do Vaticano sobre bênçãos a casais do mesmo sexo. Ele acusou a Igreja Católica de propagar “ideologia de gênero”. Sendo assim, o arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Santa Maria em Astana desde 2003, proibiu qualquer forma de bênção para casais do mesmo sexo.
Nesse sentido, Peta também repreendeu publicamente o Papa Francisco, pedindo-lhe que revogasse a orientação assinada nesta semana. O Dicastério para a Doutrina da Fé do Vaticano emitiu uma declaração intitulada “Fiducia Supplicans”. A declaração proporcionava “uma ampliação e enriquecimento da compreensão clássica das bênçãos, que está intimamente ligada a uma perspectiva litúrgica”.
Segundo The Christian Post, a declaração permite “bênção pastoral espontânea” para “casais do mesmo sexo” e outros casais em “situações irregulares”. Isso ocorre apesar do esclarecimento de que a bênção não é semelhante ao casamento e que tais relacionamentos ainda são pecaminosos.
“No contexto da compreensão clássica das bênçãos, que está intimamente ligada a uma perspectiva litúrgica, é precisamente neste contexto que se pode entender a possibilidade de abençoar casais em situações irregulares e casais do mesmo sexo sem validar oficialmente seu status ou mudar de qualquer maneira o ensinamento perene da Igreja sobre o casamento”, diz a orientação.
Crentes devem ter dicernimento
Além disso, ela também destinou-se a prestar homenagem ao fiel Povo de Deus, “que adora o Senhor com tantos gestos de profunda confiança em sua misericórdia”. A declaração alertou que não se deve providenciar nem promover um ritual para a bênção de casais em situação irregular.
Desse modo, em sua declaração, também assinada pelo Bispo Auxiliar Athanasius Schneider, Peta disse que o fato de o documento não dar permissão para o ‘casamento’ de casais do mesmo sexo não deve cegar pastores e fiéis para a grande decepção e o mal que reside na permissão de abençoar casais em situações irregulares e casais do mesmo sexo.
“Tal bênção contradiz diretamente e gravemente a Revelação Divina e a doutrina e prática ininterruptas, bimilenares da Igreja Católica. Abençoar casais em situação irregular e casais do mesmo sexo é um sério abuso do Santíssimo Nome de Deus, já que este nome é invocado sobre uma união objetivamente pecaminosa de adultério ou atividade homossexual”, continuaram.
Por fim, Peta e Schneider acusaram o Vaticano de causar “consequências destrutivas” ao legitimar essas bênçãos, que argumentaram reduzir efetivamente a denominação a “um propagandista da ideologia de gênero globalista e ímpia”. Os dois concluíram referenciando Gálatas 2, onde Paulo relata ter se oposto a Pedro por se comportar de maneira inconsistente com o Evangelho.