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ARTIGO

ARTIGO DA LUÍSA GOMES — Xadrez bélico do Leste

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O ano era 2014, tempos de boas lembranças para muitas pessoas ao redor do mundo. Entretanto, no mesmo ano, houve o início do que hoje em desespero apontamos — muito bem, uma guerra. Lá, nove anos atrás, com pouca atenção da mídia ocidental e tampouco investimento de grandes potências em recursos bélicos, a Rússia lançou uma missão em direção à Criméia, ao qual culminou no roubo de território ucraniano. Sendo então, naquele momento, o primeiro crime de guerra assumidamente e explicitamente jogados nos rostos das Organizações Internacionais. Putin, líder estratégico e cão velho de briga, logo transformou a posse do território em um plebiscito, no qual moradores afirmaram a preferência pelo lado russo do território.

Desde então, peças de xadrez foram movidas frente e trás, lado e diagonais, sempre na tentativa perfeita de encontrar o ponto fraco: Corridas presidenciais de 2019, onde o próprio Tiririca ucraniano fora eleito. Não veja mal como uma crítica negativa ao senhor presidente Zelensky. Mas em protesto de uma política enfraquecida, os ucranianos adotaram a tática e elegeram um humorista que vivera o papel de um real chefe de Estado. A zombaria custaria muito cara, não somente pela inexperiência do presidente ucraniano, mas pela cutucada com vara curta no urso da terra mãe. Era questão de tempo, de quando e de onde a guerra eclodir. O ocidente? Sabia disso, soube, debateu, ameaçou, mas não impediu. E não serão sanções contra seres humanos, população civil, que irá surtir efeito em um jogo de ego de quem jogou muito WAR. Não será necessário somente fornecer armas ao “nosso” (ocidental) lado da guerra, se não há como treiná-las e o mais importante: Manter as boquinhas dos generais e o supremo presidente fechadinhas. Em mais de uma situação foram liberadas táticas, posicionamentos, futuros ataques. Jovens na fronte se enfrentam pelo tiktok, enquanto aproveitam (ou não) o MRE que lhes é dado.

O fato é simples, apesar de que o simples nessa situação é um buraco de minhoca: Ceder. Conversar, sentar, negociar e ceder. Como tem sido em todos os grandes conflitos bem resolutos com auxílio das forças não armadas das Nações Unidas. Não vale a pena arriscar a vida de jovens por conta de dois que se desagradam. É hora, mais que nunca, dos países de neutralidade e diplomacia impecáveis entrarem em jogo e jogar muito bem esse xadrez verbal.

Luísa Gomes é formada em Relações Internacionais pela Universidade de Belo Horizonte, UniBH, com especialização de estudo em teorias das RIs e segurança internacional.

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