Artigo de Raimundo Ferreira: Governando em nome do Povo

Pelo que podemos constatar, observando a conjuntura atual, quem está satisfeito e apresentando tranquilidade, ou conseguiu se colocar intimamente vinculado à equipe do governo, ou está sentindo-se decepcionado, mas não está demonstrando a insatisfação. No entanto vale ressaltar, que por estes tempos, pelos quais estamos vivenciando, está praticamente impossível o cidadão se expor e apresentar seu ponto de vista, defender e acreditar em uma pauta coerente para todos.

Se criticar o governo do momento, será taxado de liberalista retrógrado, se posicionar-se a favor dos liberais, ou direitistas, será criticado e cancelado pelos defensores do governo de plantão. A verdade é que, a situação vigente encontra-se bastante confusa, os comandos não estão claros, a letargia apoderou-se do que poderíamos caracterizar como sendo a governabilidade e a expectativa ilusória substituiu o sonho de dias melhores para o país.

A verdade verdadeira é que, seja esquerda ou direita, os interesses em busca da obtenção do poder, estarão sempre no horizonte dos pretendentes,  no fundo, no fundo, nós pobres eleitores e massa de manobra, automaticamente, somos conduzidos e induzidos a concordar com a condução que o governo de plantão impor, seja favorável ou desfavorável à preferência da maioria.

Dito isso é oportuno afirmar que, a saúde, a educação, a segurança, o lazer e o bem-estar que a população almeja não estão sobre o querer ou preferência do povo,  mas sim,  a mercê das diretrizes do governante da hora e que serão julgados nos mínimos detalhes, se satisfazem ou não seus interesses, ou seja, ao contrário do que imaginamos, o poder público, que se elege com os nossos votos, ascende ao poder, não para defender a ansiedade das bases, mas sim, para viabilizar, em nome do respaldo popular, seus legítimos interesses.