ARTIGO
Artigo do Márcio Acioly: Cuba, a revolução que destruiu o país
Márcio Accioly
O maior acontecimento político da última metade do século XX, sem qualquer sombra de dúvida, foi a Revolução Cubana do último ano da década de 50. Quando Fidel Castro, Che Guevara e demais guerrilheiros, entraram vitoriosos na Havana de 1959, deu-se início a ciclo de esperança em que a maioria esmagadora dos jovens do mundo inteiro acreditou ter encontrado solução definitiva para todos os males.
Os que já alcançaram idade de amadurecimento, tendo vivido com intensidade os arroubos próprios da juventude, sabem como os que mal saíram da adolescência detêm a certeza de saber transformar o mundo, reconstruindo todas as etapas a partir do zero absoluto. Eles não sabem como fazer e muito menos como pôr em prática, mas estão seguros de estar no caminho certo. Mas a existência diz que não estão.
Fidel Castro assumiu o comando da Ilha fuzilando sumariamente os oponentes, eliminando e aprisionando concorrentes e adversários e, principalmente, desarrumando a estrutura econômica então vigente de maneira que nunca mais iria se levantar. Revolução como tal teria de criar, alimentar e cultivar seus próprios ídolos, projetando suas imagens de forma que parecessem incorruptíveis e infalíveis.
Os que estavam à frente da Revolução prometiam o paraíso no final da aventura, mas com o passar de meses e anos a situação foi agravada e tornou-se indispensável encontrar um culpado. O pequeno país abraçou o comunismo e aninhou-se no colo da União Soviética, mas ela também já caminhava mal das pernas e o seu próprio regime político iria desmoronar poucos anos à frente.
Que fazer? Os EUA foram eleitos culpados pelo fracasso econômico da Ilha, e os militantes da grande imprensa mundial a tratavam como modelo político a ser exportado para a redenção do planeta. Ninguém falava nas mortes e atrocidades cometidas, nos assassinatos horrendos praticados pelo escolhido como seu maior ícone, Che Guevara! Existem dezenas de biografia com relatos de sua frouxidão e covardia.
Com relação à economia, Castro trombeteava: “É culpa dos Estados Unidos, por causa do embargo econômico”. Confissão de incompetência. A imprensa ecoava o grande líder, omitindo o despreparo dos revolucionários. Afinal, que modelo econômico era esse que a Ilha havia adotado, dependente total do país carro-chefe do capitalismo para funcionar? A manutenção do embargo virou desculpa providencial.
Che Guevara foi o que quis na administração cubana, sempre despreparado e sempre psicopata. Quando ministro da Indústria Cubana, atirava friamente em trabalhadores que o desagradavam, mirando na cabeça. Certa feita, um garoto de dez anos foi implorar para que não deixasse seu pai ser fuzilado, por ser o esteio da família e braço que a sustentava. Ao negar e se sentir ofendido sacou a pistola e matou o menino.
Apregoam pelos quatro cantos que Che Guevara era médico, mas até prêmio já foi prometido a quem apresentar o seu diploma, sem resultado. Diante dos crescentes absurdos de Guevara, oito anos depois da Revolução ele foi enviado por Fidel Castro para tentar promover outra revolução, desta feita na Bolívia. O que se diz é que Fidel Castro montou armadilha para se livrar dos incontornáveis transtornos que ele causava.
Na Bolívia, a 9 de outubro de 1967, Guevara foi preso e executado. Suas mãos foram decepadas e enviadas para Fidel, em Cuba, para que comprovasse sua morte através de exame datiloscópico. Contava 39 anos de idade. Deixou incontável número de fãs desinformados, os quais nunca deram crédito aos rumores de sua vida de bárbaros crimes. Os que o conheciam, na Ilha, ficaram aliviados, pois sabiam o monstro que era.
Essa história cai bem, no instante em que, 65 anos depois da Revolução, o país está mergulhado na miséria e o seu povo passando fome e privações. A população, esquálida, continua sendo presa e perseguida por continuar a protestar por liberdade. Mas os que defendem ideologias cegas, sem dar importância à farta literatura que discorre sobre o tema, ainda louvam esses vermes que não passam de loucos terroristas.