Artigo do professor-doutor e engenheiro Antônio Furtado: “Tudo passa”

Tudo passa

Antônio Furtado

Não há verdade maior: Tudo Passa… bom ou ruim , tudo passa!
O tempo passa e, com ele, querendo ou não, vamos todos.
Mas, nós, os humanos, gostaríamos de ser lembrados quando não mais estivermos aqui. Não é coisa de atendimento simples. Mas factível.
Vejam, leitores deste modesto e despretensioso texto, que muitos de nós, provavelmente, não nos lembramos dos nomes dos nossos avós. Paternos ou maternos, não lembramos de todos. Nem pensar os nomes dos bisavós. E não se trata de ingratidão. É esquecimento natural, mesmo. Prioridades da mente humana.
Precisamos fazer algo muito, muito importante para que, daqui a 50 anos, sermos lembrados por nossos entes queridos, admiradores… ou inimigos!
O ilustre e saudoso Thomas Jerfferson, co- autor da “Declaração de Independência Americana “ escreveu ( no rascunho), assim:”(…)se quiser ser lembrado: faça uma coisa que valha a pena ser escrito ou escreva algo que mereça ser lido…”. Grande reflexão!Especialmente nos dias atuais onde o narcisismo e o egoísmo estão em alta – “basta ser novo ou novidade para parecer importante e merecer aplausos”. Mas na vida real não é assim. Só na Internet.
As coisas “erradas”, embora todos as estejam fazendo, mas não passam a ser “certas”. Continuam “erradas” e, a verdade, o “certo” prevalecerá. O tempo é Senhor da Razão, embora leve tudo consigo.
Os governos, sejam locais ou nacionais, passam. Alguns sem “deixar uma impressão digital” que resistam ao Tempo.
Lembro de alguns que fincaram suas “marcas” como duradouras.
De memória recente( em História oito décadas , são nada) a Ditadura Vargas. Getúlio Vargas, dentre muitas ações de Modelagem de Estado, não de Governo, nos legou: a Petrobrás, a CLT, a Siderurgia Nacional ( CSN) e Juscelino Kubistchek, a nossa
Monumental Brasília, a Industria Automobilística( opção por Rodas, não por Trilhos), como “digitais” de seus governos.
A nível local, temos alguns governantes que foram esquecidos, por não terem “feito algo que os caracterizassem”, marcassem suas administrações.
Para ser gentil e este texto é uma reflexão sobre o contexto “ o tempo que passou”, cita-se: Governador Geraldo Mesquita – o “Canal da Maternidade”; Flaviano Melo – os “ Castelos d’água”( em forma de taças e concreto aparente), o Conjunto Manoel Julião ( em alvenaria estrutural); o Governador Edson Cadaxo – os Ginásios Cobertos de Esportes, em cada município do Acre; o Governador Wanderley Dantas – a “Ponte de Concreto”( primeira Ponte de Concreto Protendido do Acre).
Mas Pontes não vale citar. Só na BR 364, temos dezenas destas Obras de Arte Especiais(OAE), construções magníficas. Pontes de mais de 300m de extensão. Verdadeiras Obras de Arte Especiais, na acepção da palavra.
Agora, me ocorre fazer uma sugestão – reputo bem intencionada – ao atual Governador Gladson Camely. Engenheiro da melhor safra e comedido administrador público. Testado e aprovado, com referendo popular de Segundo Mandato. Chancela inquestionável.
Antes porém, faço reflexão sobre o Magistério – que sempre foi vocação e prática de eternização.
Assim!… quando se ensina, mudando a realidade interior de alguém – algum dia esse ensinamento será repetido por aquele que apreendeu – eternizando quem ensinou. Lidar com Educação é prática de Eternidade!
Pois bem!… vamos à sugestão ao Governador Gladson: que crie
A Universidade Estadual do Acre ( UEAC). ETERNIZE-SE!
Empreendimento que trará inestimáveis retornos a todos nós acreanos. Empreitada que custará barato, dado aos frutos que brotarão desta abençoada seara.
Imagino o custo de 150 milhões de Reais. Consolidaria tal instalação. Um NADA para o estado acreano.
Há tempo, pessoal qualificado e recursos financeiros para montar a nossa UEAC e deixá-la funcionando.
Conheci, de perto o ex-Governador Amazonino Armando Mendes ( deste quando era Advogado do DER/AM – idos de 1974). Mantive bem a aproximação. E sei, repetido por ele mesmo, que o seu maior feito como Governador, o que mais o orgulhava, foi a criação da Universidade Estadual do Amazonas ( UEA).
Certamente, daqui a 50 anos ou mais, ainda será lembrado. Fez algo que merece ser escrito!…
DEUS, PÁTRIA, EDUCAÇÃO E FAMÍLIA!…

Autor: Antônio Furtado
Professor Universitário, Engenheiro e Acreano de Feijó/AC