ARTIGO
ARTIGO DO PROFESSOR RAIMUNDO FERREIRA — À imagem e semelhança do criador
Talvez tenhamos que regredir ou pouco, ou então evoluir bastante no sentido de ajustar nosso conhecimento, de modo que se apresente cristalino o nosso entendimento e ofereça a segurança necessária e suficiente para dirimir quaisquer que seja as dúvidas a cerca desse debate em torno da existência, ou não, dessa força viva, permanente e infalível, que se manifesta na nossa vida em todos os aspectos e fenômenos à nossa volta. Observando por exemplo a marcha da continuidade e evolução da vida, onde a concepção no reino animal e a germinação da semente no reino vegetal, dão início a uma nova vida, e que nasce, cresce, cumpre um ciclo, viabilizam o surgimento de outras vidas para continuar a evolução, e ainda percebendo que existe um suporte maior, influenciando, regulando e controlando todo funcionamento do universo, orientando inclusive a época do plantio e da colheita, o extraordinário fenômeno das quatro estações, que recicla e renova as funções e atividades dos seres vivos, e como se não bastasse, temos ainda as forças, não menos extraordinárias, da lua, em seus quatro ciclos e que exercem fortes influências sobre a fauna e a flora, especialmente junto aos oceanos, e por ultimo não poderíamos deixar de citar o outro fenômeno que influencia pontualmente a nossa rotina, causando mudanças de doze em doze horas, impondo um regime de atividades diferenciadas e oferecendo a oportunidade para que todos os seres vivos experimentem um período de intensa ação e outro de completo repouso. Diante de todos estes fenômenos, se por alguma razão que desconhecemos, algumas mentes evoluídas ou ingenuamente puras, desacreditam e negam a existência de um criador, dependendo do credo, seja qual for a denominação, nega veementemente essa força superior, esse alguém pode se declarar ateu e é possível que suas razões sejam incontestáveis, ou seja, deve ter atingido um nível de consciência e conhecimento, conforme citei anteriormente, de profunda introspecção ou evolução. Sócrates, 470 a.C. atingiu a um estágio de consciência que, diante das diversidades e complexidades das questões que envolvem a raça humana, reconheceu com absoluta clareza o tamanho da sua ignorância e afirmou: ‘só sei que nada sei’, é bem possível que estas pessoas que se declaram ateus, tenham também atingidos níveis de conscientização muito além da nossa vã sabedoria tupiniquim. Em nível de chacota, algumas pessoas colocam em dúvida o posicionamento radical dos ateus, buscando inclusive constatar qual seriam suas reações diante de situações extremas, por exemplo, envolvidos em uma eminente queda de avião, querendo saber para quem os ateus pediriam socorro, ou se confiavam em se mesmos, permanecendo inertes e tranquilos aguardando o impacto. Sobre a nossa situação, seres humanos que somos iniciados no catolicismo, muito embora não sendo praticantes assíduos, optamos por acreditar sem sombra de dúvida na existência de Deus, e ainda crer também, que os seres humanos, pela capacidade infinita para adquirir conhecimentos em todas as áreas e dimensão, pela criatividade sem limite para quem se dedicar e pelo discernimento através da razão para tomar decisões, entre outras habilidades e recursos, somos realmente seres à imagem e semelhança do Criador.