COLUNAS
Artigo do Raimundo Ferreira: Igual ao picolé, o PIX começou a derreter
Poderíamos iniciar citando aquele velho e cansado adágio popular, “alegria de pobre dura pouco”, mas a verdade é que, facilidades para o povo em geral, só acontecem, ou melhor, só se vislumbram em promessas para se alcançar o poder, e as vezes, posteriormente, até que são apresentadas na prática, porém embrulhadas em embalagens frágeis e logo após às primeiras intempéries já se dissolvem e desaparecem sem deixar vestígios.
Toda população, especialmente os pequenos empreendedores, estavam muito satisfeitos com essa boa invenção que permite realizar transações financeiras, principalmente de pequenos valores, de forma rápida e sem custos. Ao nosso vê, diante da exploração generalizada do povo, o mínimo que poderíamos contar para facilitar nossas vidas seria uma pequena facilidade nas simples transações financeiras, no entanto, nem dessa pequena facilitação somos merecedores. Agora dia 13/03/23, às 15:09, o Banco Central decretou que poderá cobrar taxas quando o cliente receber, via PIX, nas seguintes condições:
– mais de 30 transferência em um mês;
transferências por meio de QR Code dinâmico;
transferências de pessoas jurídicas via QR Code;
dinheiro em uma conta exclusiva para uso comercial.
Assim sendo, as pessoas físicas, MEIs e EIs que se encaixam em uma das situações mencionadas podem ter que pagar pelo PIX porque o BC entende que está havendo uma relação comercial. Conforme já constatamos em tempos idos, com outros benefícios que já foram totalmente extintos, em seguida virão outras e outras restrições e essa possibilidade que temos para realizar pagamentos e recebimentos rápidos e sem custos, iniciou sua extinção nesse fatídico dia treze de março. “Povo é igual a cachimbo, nasceu pra levar fumo”.