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POLÍTICA

Artigo do Valterlucio Bessa Campelo: as decisões de Trump que tremeram o chão aqui no Brasil

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Perfure, baby, perfure!
Valterlucio Bessa Campelo

Um dos temas de maior repercussão nos últimos dias no Brasil teve origem nas decisões do Presidente americano, Donald Trump, empossado no último dia 20. Ele simplesmente deu as costas ao Acordo de Paris, aquele que pretende determinar para as nações cotas de sacrifício em função do suposto aquecimento global antropogênico. Além disso, anunciou que suspenderá toda a ajuda que irriga as organizações não governamentais. Vale dizer, a política americana em relação ao meio ambiente vai mudar bastante, o Trump não está disposto a bancar com os desvarios da esquerda globalista.

Imediatamente após as declarações do presidente americano, a terra tremeu por aqui. Pudera. O Brasil, muito por causa da Amazônia, persegue um papel de liderança global na questão ambiental e, não por acaso, sediará a COP 30 que se realizará em Belém/PA este ano.

A deputada federal paulista Marina Silva, novamente à frente do Ministério do Meio Ambiente, embora tenha sido escanteada como autoridade da COP, mas com o status internacional que possui, lamentou a posição do governo americano. Com ares de choro planetário, Marina  (VER AQUI) afirmou que desse modo confirma-se o cenário mais pessimista. Como se sabe, o avatar de Chico Mendes adere fanaticamente à tese de que as mudanças climáticas ocorrem por nossos usos e consumos, e que se não retornarmos a comportamentos mais prosaicos, naturais, lúdicos, a terra morrerá esturricada. Cada um escolhe seus pesadelos.

Outro a esfregar os olhos (antes esfregava as mãos), foi o governador do Pará, Helder Barbalho, que já vai gastando alguns bilhões de reais preparando o grande convescote ecológico anual. Na reunião do Fórum Econômico Mundial – FEM (ver AQUI), ele diz que Trump NÃO PODE ficar de fora porque os EUA são líderes em emissões de gases do efeito estufa – GEE. Talvez, muito ocupado em movimentar a exploração de gás e petróleo, Trump não tenha tempo de vir tomar açaí com farinha em Belém. Aguardemos.

Em outra ponta, mas no mesmo novelo, a grita geral é por causa do encerramento do financiamento americano à agenda climática. É aí que o bicho pega, digamos. Nas palavras do governador “Precisamos a partir do financiamento climático, encontrar soluções para a natureza, para o desenvolvimento econômico sustentável e, acima de tudo, compreendendo que esta é uma agenda necessária para cuidar das pessoas e salvar a humanidade”. Como se vê, o nada modesto filho do ínclito e probo Jáder Barbalho, quer nos salvar e cuidar de todos nós. Dificilmente terá Trump como parceiro. Energias alternativas e parques eólicos saíram do radar de subsídios americanos. Como disse em seu discurso, “vamos perfurar, baby”.

Pois bem. A saída dos EUA do Acordo de Paris e a retirada de financiamento de agendas verdes, tem um significado além daquele inerente à economia americana, Tem um significado político extraordinário. Primeiro porque descredibiliza a tese do aquecimento global.

Em primeiro, qualquer líder estará à vontade para imitar a Janja e dizer “fuck you” para as regulamentações que se pretendem globais saídas dos fóruns ambientais, o que enfraquece muitíssimo a força dos ambientalistas. Se ele faltar à COP, então é uma perna quebrada no “consenso científico” que sustenta essa ideia de aquecimento global antropogênico. Os cientistas céticos poderão sair de baixo de suas mesas onde estão se defendendo das pedradas dos aquecimentistas, para provarem que tem histórias para boi dormir mais eficientes.

Em segundo, desobriga os EUA de injetar recursos financeiros nessa agenda, inclusive aqueles prometidos pelo Biden a todos os que lhe chegavam com pires na mão. Lembra os bilhões que viriam para a Marina cuidar da Amazônia? Esqueçam. Ela terá que se virá com outras fontes, as quais, aliás, estão minguando com a crise internacional.

Em terceiro, com a liberação da exploração de petróleo por lá, do lado de cá, o próprio Lula, por exemplo, poderá desatar o nó na mesa da Marina Silva e mandar o tatu para a foz do Amazonas, onde há uma comprovada bacia petrolífera em condições de ser explorada com possibilidades incalculáveis.

Sem mais especulações, há suficientes elementos para afirmar que as medidas do Trump funcionam como um sacode nos ecologistas radicais, que sem os EUA no time, o mudanças climáticas futebol clube perde a partida.

Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no DIÁRIO DO ACRE, no ACRENEWS, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.

 

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