POLÍTICA
Ataque à representação do Acre gera embate público entre Petecão e fundador do MBL
Uma troca de ataques públicos entre o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e Renan Santos, fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), ganhou repercussão após declarações feitas em podcasts e vídeos divulgados nas redes sociais. O confronto teve como pano de fundo críticas do dirigente do MBL à representação política do Acre no Congresso Nacional, o que provocou reação dura do parlamentar acreano.
O episódio começou quando Renan Santos passou a questionar o número de parlamentares do Acre, comparando o estado a unidades mais populosas do país e defendendo mudanças no pacto federativo. Em suas falas, classificou a representação acreana como “desproporcional” e atacou diretamente os políticos eleitos pelo estado, sugerindo a redução do número de representantes.
As declarações foram consideradas preconceituosas e ofensivas por Sérgio Petecão, que reagiu durante participação em um podcast. O senador saiu em defesa do estado e da população acreana, criticando o que classificou como desconhecimento histórico e institucional por parte do líder do MBL.
Após a entrevista, Petecão reforçou sua posição em publicações nas redes sociais, afirmando que o Acre é parte legítima e essencial do Brasil. O parlamentar pediu respeito à história do estado, à população e aos representantes eleitos democraticamente, ressaltando que ataques à representação acreana refletem ignorância sobre o funcionamento da federação brasileira.
O tom do embate se intensificou quando Renan Santos respondeu às declarações do senador, ampliando as críticas ao eleitorado acreano e direcionando ofensas pessoais diretas a Petecão. As falas reacenderam o debate sobre os limites do discurso político e o respeito às unidades da federação no espaço público digital.
Do ponto de vista institucional, a Constituição Federal de 1988 assegura que cada estado brasileiro e o Distrito Federal tenham direito a três senadores, regra em vigor desde a Constituição de 1891. O modelo busca garantir a igualdade federativa, independentemente do tamanho territorial ou da população, resultando em um Senado composto por 81 parlamentares, com mandatos de oito anos.




