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Ativista Janes Peteca escreve sobre o drama do rio Acre, cada ano batendo recorde de sequidão
O drama do Rio Acre: Um alerta para a preservação hídrica
No decorrer das últimas décadas, o Rio Acre, um dos principais cursos d’água do estado, tem sido palco de uma triste transformação que preocupa a população local. Nas décadas de 80 e 90, suas margens eram adornadas por inúmeras praias, proporcionando momentos de lazer e turismo para as comunidades ribeirinhas. Contudo, essa realidade agora parece distante, uma vez que o rio enfrenta sérios problemas sazonais.
Durante o verão, uma situação alarmante se repete: o Rio Acre fica drasticamente reduzido, quase irreconhecível. O que já foi fonte de vida e lazer torna-se um leito seco e árido. Isso não apenas impacta a biodiversidade local, mas também prejudica severamente as famílias que dependem das águas do Acre para suas necessidades diárias.
No entanto, a estação chuvosa traz sua própria parcela de problemas. As cheias sazonais causam inundações, deixando muitas famílias desabrigadas e causando danos materiais significativos. A infraestrutura de saneamento básico também é afetada, com o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) encontrando dificuldades em captar água para a população. Esse ciclo vicioso de seca e inundação coloca um fardo pesado sobre as comunidades ribeirinhas e a infraestrutura pública.
A natureza, que outrora era generosa com o Rio Acre, agora parece estar cobrando um preço alto por anos de exploração e negligência. É essencial reconhecer que a relação entre a população e o meio ambiente é intrínseca, e a preservação do Rio Acre é fundamental para a qualidade de vida de todos.
Portanto, é imperativo que adotemos medidas mais responsáveis em relação ao uso da água. O desperdício, especialmente durante o verão, precisa ser reduzido ao máximo. Educação ambiental, práticas de conservação e políticas de gestão hídrica eficazes são essenciais para reverter a situação atual do Rio Acre e garantir um futuro mais sustentável para as gerações vindouras. É hora de reconhecer a importância vital desse recurso natural e agir com responsabilidade para protegê-lo.