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MUNDO

Candidato “azarão” da direita vai para o segundo turno com outro candidato da direita nas eleições da Bolívia; esquerda cai

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Em uma virada inesperada no cenário político boliviano, o senador Rodrigo Paz Pereira, de centro-direita, liderou o primeiro turno das eleições presidenciais com 32% dos votos válidos, segundo a contagem rápida oficial divulgada neste domingo (17). O resultado coloca Paz à frente do ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, que obteve 26%, e o leva ao segundo turno marcado para 19 de outubro.

A ascensão de Paz representa uma ruptura histórica: pela primeira vez em duas décadas, a esquerda boliviana não estará representada na disputa final pela presidência. O candidato favorito nas pesquisas, o empresário Samuel Doria Medina, terminou em terceiro lugar com 20%, frustrando expectativas e redesenhando o mapa eleitoral do país.

 

A força do discurso de renovação

Rodrigo Paz, que aparecia com menos de 10% nas pesquisas há apenas dois meses, conquistou apoio com uma campanha centrada na renovação política, na crítica à polarização e na promessa de reconstrução institucional. Em meio à crise econômica e ao desgaste do Movimento ao Socialismo (MAS), partido que governou a Bolívia por quase 20 anos, Paz se posicionou como alternativa viável para eleitores desiludidos com os extremos.

“Não é uma vitória minha, é uma vitória da cidadania que quer virar a página da velha política”, declarou Paz em seu discurso após o resultado.

Quem é Rodrigo Paz?

Nascido em Santiago de Compostela, na Espanha, durante o exílio dos pais, Rodrigo Paz tem 57 anos e é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, que governou a Bolívia entre 1989 e 1993. Economista de formação, estudou relações internacionais e possui mestrado em Gestão Política pela American University, em Washington.

Sua trajetória política inclui mandatos como deputado, vereador, prefeito de Tarija (2015–2020) e atualmente senador. Apesar da herança política familiar, Paz construiu uma imagem de independência e pragmatismo, evitando alianças com os principais blocos ideológicos do país.

O que esperar do segundo turno?

A disputa entre Paz e Quiroga promete ser acirrada. Ambos representam setores da centro-direita, mas com perfis distintos: Paz aposta na moderação e no diálogo, enquanto Quiroga, ex-presidente e figura tradicional da política boliviana, busca recuperar apoio entre os conservadores.

Analistas apontam que o segundo turno será decisivo para definir o rumo da Bolívia após anos de instabilidade e polarização. O MAS (Movimento ao Socialismo), embora fora da disputa direta, ainda possui forte influência no Congresso e poderá desempenhar papel estratégico na governabilidade futura.

 

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