POLÍTICA
Candidato da direita favorito na Colômbia e baleado há mais de dois meses, morre em hospital de Bogotá
O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (11), após mais de dois meses internado em decorrência de um atentado a tiros em Bogotá, ocorrido no dia 7 de junho.
Segundo o hospital Fundação Santa Fé, onde estava internado, o falecimento foi registrado às 1h56. A instituição informou que sua equipe médica atuou de forma incansável durante todo o período de internação.
O crime teve forte repercussão no país, marcado por décadas de violência política e atentados contra lideranças públicas. Autoridades dos Estados Unidos atribuíram o episódio à “retórica” do atual governo colombiano, enquanto o presidente Gustavo Petro repudiou o uso político do atentado e levantou a hipótese de que a ação pudesse ter sido planejada para desestabilizar sua gestão.
O ataque ocorreu durante a campanha de consulta popular sobre a reforma trabalhista proposta pelo Executivo. Um adolescente de 15 anos foi preso acusado de efetuar os disparos. O governo colombiano ofereceu recompensa de US$ 730 mil por informações que levem aos responsáveis intelectuais pelo crime.
Filiado ao partido de oposição Centro Democrático, de Álvaro Uribe Vélez, Miguel Uribe Turbay não tinha parentesco direto com o ex-presidente, mas era neto de Julio César Turbay, que governou a Colômbia entre 1978 e 1982. Ex-vereador e ex-secretário de Governo de Bogotá, foi eleito senador para o mandato de 2022 a 2026.
Sua trajetória pessoal também foi marcada pela tragédia: aos 5 anos, perdeu a mãe, a jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada por narcotraficantes liderados por Pablo Escobar, que tentavam barrar o tratado de extradição entre Colômbia e Estados Unidos.