POLÍCIA
Caso Aladim: Justiça absolve 12 policiais militares da acusação de associação criminosa
Doze policiais militares foram absolvidos da acusação de associação criminosa no caso conhecido como “Aladim”, que investigava o desaparecimento do pedreiro Gildemar da Silva Lopes, ocorrido em julho de 2013. A decisão foi proferida pelo juiz Alesson Bráz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar.
A absolvição sumária encerra o processo sem necessidade de produção de provas, por entender que não há elementos suficientes para sustentar a acusação.
Entenda o caso
Gildemar da Silva Lopes, conhecido como “Aladim”, desapareceu na noite de 9 de julho de 2013, após ser retirado de casa, na Praia do Amapá, região do Taquari, por supostos policiais militares. A família da vítima iniciou mobilizações públicas exigindo respostas.
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o desaparecimento. Quatro meses depois, foi deflagrada a operação “Gênio”, que resultou na prisão de 11 policiais militares do 2º Batalhão. Um tenente foi posteriormente detido, acusado de repassar informações sigilosas do inquérito aos demais investigados.
Desdobramentos judiciais
Após obterem liberdade provisória, os militares foram denunciados por homicídio qualificado, abuso de autoridade, lesão corporal, ameaça e tortura. No entanto, em março de 2023, dez anos após o desaparecimento, os réus foram impronunciados pelo crime de homicídio e absolvidos da acusação de tortura por falta de provas.
Na mesma decisão, a Justiça declarou extinta a punibilidade dos acusados pelos crimes de abuso de autoridade, lesão corporal e ameaça.
Com a recente absolvição da acusação de associação criminosa, o caso “Aladim” chega ao fim no âmbito judicial.