POLÍCIA
Caso Nery: mãe de Flávio pede justiça e diz que ‘está sofrendo muito’
Dona Lúcia de Jesus, mãe de Flávio Endres de Jesus, de 30 anos, atingido por quatro tiros supostamente disparados pelo Sargento da Polícia Militar do Acre (PMAC), Erisson Nery, durante uma confusão ocorrida no último sábado (27), em Epitaciolândia, chegou às últimas horas em Rio Branco para acompanhar o caso mais de perto.
Ela mora em Porto Velho, capital de Rondônia, e desembarcou em Rio Branco neste domingo (28) para ver o filho que está internado no Pronto Socorro de Rio Branco. Flávio passou por diversos procedimentos cirúrgicos, para a remoção de quatro projéteis que atingiram o peito e a região do umbigo do universitário.
Lúcia veio acompanhada da esposa de Flávio. Após conversar com a equipe médica, ela seguiu até a fronteira com a Bolívia. O endereço em Brasiléia foi a Delegacia Geral de Polícia Civil. Ela participou de um movimento promovido por amigos, colegas e a sociedade em geral que pedia justiça em nome de Flávio. Eles exigiam a prisão do Sargento Nery e punições mais pesadas, como a expulsão dos quadros da PM.
Em entrevista ao jornal O Alto Acre, Lúcia disse que está sofrendo muito e que conhece o filho. Ela também descarta a hipótese de que Flávio teria importunado uma das esposas do militar.
“Estou sofrendo muito! Eu conheço o meu filho, eduquei para o mundo, eduquei para respeitar o próximo. Estou muito abalada, peço justiça! Sei que a justiça de Deus não é falha. Cedo ou mais tarde a justiça será feita!”, disse.
Questionada sobre o quadro de saúde de Flávio, Lúcia ressaltou que ele está bem e que escapou por um milagre. “Ele está bem, foi um milagre de Deus. Graças a Deus ele está se recuperando. Logo, logo vai voltar às atividades na vida (…) Ele tá consciente. Consegui falar com ele. Dei muito conselho, no momento ele disse: Mãe, eu não fiz nada. Mãe, não fiz nada. Mãe, não fiz nada!”, relatou.
A mulher também falou sobre o comportamento do filho. “Dentro de casa, ele é um ótimo filho, um ótimo irmão, um ótimo enteado (…) Ele é casado, a esposa tá cuidando dele no hospital (…) Nossa família é do Mato Grosso, vivemos em Rondônia. O Flávio nasceu lá. Veio para o Acre para estudar medicina na Bolívia. Esteve um ano parado por causa da pandemia. No mais, meu filho é uma boa pessoa”, concluiu.
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