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Cenoura é a grande vilã na Central de Abastecimento da capital: Aumento passou dos 89%
O mês de fevereiro foi marcado pelo movimento preponderante de preços mais baixos para a batata, cebola e tomate na maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. Os dados são do 3º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (16). De acordo com o estudo, apenas a cenoura teve alta nos preços em quase todas as Ceasas analisadas.
Quanto à cenoura, o Boletim Prohort mostra que os percentuais de alta foram bastante significativos. A média ponderada das Ceasas ficou 44,22% superior à registrada em janeiro, mês em que a média havia subido 36,43% em relação a dezembro de 2022. A principal razão para isso foram as chuvas acima da média nas regiões produtoras do sudeste, o que ocasionou a pouca oferta desta cultura nas Centrais, que ocorreu desde janeiro em relação a dezembro, quando os preços sofreram reversão.
A maior alta nas cotações foi no Distrito Federal, onde o aumento de 113,62% fez o produto custar em média R$ 4,11 o quilo. Os preços da cenoura também subiram destacadamente na Ceasa de Rio Branco/AC, que com o aumento de 89,60% passou a custar R$ 6,56/Kg, e na Ceasa de Curitiba/PR, com percentual de 65,33% e custo de R$ 2,59/Kg.
Frutas – No mês de fevereiro, com relação às frutas, apenas a banana deu alguns sinais de preços baixos em mercados de grande comercialização, sobretudo nas Ceasas localizadas em Goiânia/GO (-11,69%) e Belo Horizonte/MG (-11,62%), onde a fruta chegou a ser vendida por R$ 4,88/kg e R$ 3,55/Kg, respectivamente. Mesmo assim, nas Centrais de Rio Branco/AC e São José/SC, houve aumentos significativos. Isso porque a quantidade ofertada caiu e houve movimento ligado à diminuição da produção da banana nanica, que estava com oferta elevada nos meses anteriores.
Já o mercado da banana prata, em período de entressafra, continuou com preços elevados, mas estáveis. As exportações também caíram, principalmente por conta das menores compras da Argentina. [Assessoria Conab]