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POLÍCIA

Cinco policiais  serão julgados por operação que resultou em morte de criança no preventório

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Quase sete anos depois de uma operação do BOPE, que deixou três mortos e dois feridos, cinco policiais militares, que integravam o Batalhão de Operações Especiais, serão julgados.
A menina Maria Cauane de apenas 11 anos, foi uma das vítimas fatais da ação policial.
O julgamento começa nesta quarta-feira, 4, no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri, com previsão para terminar na sexta-feira, 6.
Os policiais militares Antônio de Jesus Batista e Alan Melo Martins são acusados pelas mortes de Maria Cauane Araújo da Silva de 11 anos e  Gleiton Silva Borges e por duas tentativas de homicídio.
Enquanto, o capitão da reserva remunerada  Josemar Barbosa de Farias, conhecido como Tenente Farias  e os policias Wladimir Soares da Costa e Raimundo de Souza Costa, respondem pelo assassinato de  Edmilson Fernandes da Silva Sales, que seria o principal alvo da ação policial.
As três mortes, ocorreram na noite de 14 de maio de 2018, durante uma operação do BOPE, no Bairro Preventório, em Rio Branco.
Maria Cauane, foi atingida por estilhaço de munição de fuzil, quando brincava na varanda de uma casa, com outras crianças. Ele ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
O disparo, segundo a denúncia, partiu da arma que estava com  Alan Martins.
Na época, a polícia disse que ouve uma troca de tiros, com membros de uma organização criminosa e durante o confronto houve as mortes.
Em maio do ano passado, a Juíza Luana Campos, então titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri desclassificou o crime de homicídio doloso para culposo para os policiais Alan e Antônio, absolveu sumariamente Wladimir e Raimundo com base na legítima defesa e impronunciou Josemar por falta de indícios de autoria.
Mas o Ministério Público recorreu e, a câmara Criminal decidiu que os cinco devem responder em júri popular pelo crime.
O advogado Wellington Silva, descordou da decisão e, disse que os policias agiram em legitima defesa. “ Foi uma ação determina pelo comando da PM. Todos tinham conhecimento. O foco era prender membros de uma facção”, disse Silva.
Ao todo 42 testemunhas, sendo 18 do Ministério Público do Acre e 24 de defesa, vão prester depoimento. Só após as oitivas os réus serão interrogados.
A sessão será presidida pelo juiz Robson Aleixo, enquanto os promotores Carlos Pescador e Antônio Alceste vão atuar na acusação.
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