RAFAELA VILAÇA
COLUNA DA RAFAELA | Outubro Rosa – A luta é legítima e ainda não acabou
Desde muitos anos as mulheres buscaram ser reconhecidas por sua força e potencial. Tivemos grandes nomes como Joana Darc, líder em batalhas, Princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea; Rosa Parks, lutou pela igualdade dos povos nos Estados Unidos, Susanna Wesley, dona de casa e mãe de 25 filhos; Sofia Ionescu-Ogrezeanu, primeira neurocirurgiã; Valentina Tereshkova, primeira astronauta; professora Heley de Abreu Silva Batista, que morreu salvando seus alunos num incêndio criminoso. Mulheres pioneiras, fortes, memoráveis que trilharam o caminho para que nós pudéssemos brilhar.
Por muitos anos, algumas mulheres quiseram equiparar-se ao homem em poder e força, mas hoje a luta não permeia mais esses meandros, vai além da luta de servis, buscamos nossa essência.
Buscamos nosso real valor, independentemente do lugar onde estamos inseridas. Seja no lar, numa fábrica, operando tratores, num escritório, diretoria, pilotando carreta – sempre foi meu sonho e ainda vou realiza-lo – ou ensinando, cuidando da família… enfim, devemos ser reconhecidas pelo legado, pelas conquistas, por tudo que a mulher contribui para a construção da sociedade, para a manutenção da família e realização de nossos sonhos.
Neste outubro rosa, seja ainda mais você! – não digo isso para criar frisson ou militância em torno de uma causa – longe disso! Reafirmo a frase na intenção de você ser o que você quiser.
Aproveite e repense seus planos e sonhos, trace metas e estipule prazos, busque ajuda, faça acontecer. Você ainda tem toda a sua vida daqui pra frente.
E você homem, que lê essa coluna, sinta-se inserido nesta fala também, seja mais você, não ligue para o que os outros falam… não se sinta acanhado de ser mais maleável, empático, sensível. Digo ainda mais, apoie, ajude, potencialize, reconheça as mulheres à sua volta. Muitas vezes temos ao nosso lado pessoas incríveis e não nos damos conta.
E falando de sensibilidade, o outubro rosa foi criado uma causa nobre, o combate ao câncer feminino. Tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade decorrente do câncer de útero, mama, dentre outros.
Lembre-se que essencialmente somos diferentes. Geramos vida. Temos um coquetel de hormônios que faz a mulher ir do zero ao cem em centésimos de segundos. E essa diferença biológica requer alguns cuidados e precisamos ter coragem para examinar, diagnosticar e tratar.
Toque-se, veja-se, sinta-se… não sejamos nós covardes em lutar por nós mesmas. Às vezes um sinal, uma dor, um incômodo, pode ser apenas isso. E quando não for, tenha em mente que você é incrivelmente forte e capaz de resistir á tudo. O importante é saber, a luta ainda não acabou.
Lute por você.
Assim teremos muitas outras joanas, susannas, Edna Vilaça, Luane Maia, Renata Alves, Antônia Parnaíba, Gisele, Fátima, Joelma, Nilde, e tantas que constroem a sociedade com força e delicadeza.