EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO CORDEIRO Chagas Romão fala de seu MDB, da decisão de não disputar mais eleições e sobre a pesquisa de hoje: “Diz pouco. Tá longe da eleição”
O ex-deputado estadual Chagas Romão é um aposentado dos mandatos. Na última eleição decidiu ‘pendurar as chuteiras’, depois de uma sequência de cinco vitórias nas urnas, sempre com muita folga. Isso não quer dizer que o velho emedebista tenha tirado a política de sua vida, do sangue. Pelo contrário. Está atuando forte nos bastidores. É um apaixonado pelo seu MDB e no dia-a-dia adora vive antenado com a política nacional e local. À coluna disse que uma volta à disputa de um mandato está fora de cogitação. Tem gente mais nova, mais disposta, que pode contribuir melhor, diz ele, inteligentemente. Chagas disse também que tem muita esperança de um crescimento exponencial do MDB nas próximas eleições, baseado no novo momento e no histórico do novo presidente, seu amigo Vagner Sales. “Ele é um apaixonado pelo partido e sabe fazer política”, elogiou, prevendo um bom futuro. Convidado a analisar as eleições 2026, fica reticente. Acha que está muito longe, ainda. Nem mesmo as pesquisas atuais dizem muito sobre o pleito do ano que vem. “Tá longe demais”, diz o bom Chaguinha, uma referência, uma raridade na política, com seu nome limpo e sua história sem mácula. Chagas é uma cria da ex-vereadora Giselia Nascimento, do saudoso Flaviano Melo e do povo do Acre, que lhe deu uma penca de mandatos.
Cabide ‘cochó’
O ex-vereador Manoel Valdir Teixeira de Souza, o Cabide, está literalmente pulando numa perna só. Ele quebrou uma das pernas ao cair de bicicleta e o processo de cicatrização deve demorar um ano, pelo menos. Mesmo assim ele quer estar na disputa eleitoral do ano que vem. Vai pra luta nem que seja manquitolando. Só lhe falta um partido. Algum presidente se habilita?
Chance de JV
O ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT) fará qualquer coisa para que a direita saia com três ou mais candidaturas ao Senado. É a chance de ouro que ele tem de voltar para à política com aqueles 20 e poucos por cento de eleitores do Acre que ainda são leais à esquerda.
Voto casado
Há informações seguras segundo as quais a esquerda tem antecipado seu pedido de voto em Jorge Viana para o Senado incentivando o eleitor a casar o voto com Gladson.
União fará diferença
A sorte da direita é que o senador Márcio Bittar (PL), bolsonarista leal, e com muito serviço prestado durante seu mandato, tem a palavra garantida de um ‘casamento’ fechado com o governador Gladson Cameli (PP) para a campanha. Os dois vão andar juntinhos, pedindo voto um para o outro.
Futuro do Alan
Senador Alan Rick não abre a que ponto anda sua conversa com o Republicano. A justificativa é o respeito que tem pelo UP, antigo União Brasil.
Voto dos crentes
É difícil precisar o voto, sobretudo no meio evangélico. O certo é uma grande maioria tende a votar em Mailza Assis (UP) ou Alan Rick (ainda sem partido definido). Resta saber quem vai levar a maior fatia. Alan tem as igrejas mais vanguarda, Mailza a conservadora, pelo menos no que é possível ver a olho nu.
Chapa do Afonso
Quando mostrar um de seus candidatos a deputado federal pelo Solidariedade, um cara muito forte financeiramente, o deputado estadual Afonso Fernandes tende a atrair mais interessados em disputar a Câmara Federal. É que ninguém quer ir para chapa onde só tem candidato fraco.
Zequinha fortalecido
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima (UP), acaba de encerrar mais uma grande festa, o Festival da Farinha, que ferveu o mercado de seu município. Sai mais forte ainda, se consolidando como uma das maiores lideranças políticas do Estado. Está, naturalmente, entre as cinco ou seis.
Guerra segue
Na terra do mandi, Sena Madureira, a eleição ainda não terminou. A disputa segue entre os dois maiores grupos, o que ganhou e o que perdeu.