COLUNA DO EVANDRO A esquerda tenta desperada desvincular Marcus Alexandre de Lula e Bocalom de Bolsonaro

A esquerda ainda tem tentáculos nos mais diversos setores da vida acreana, que vai do judiciário à imprensa. Foram 20 anos de muito poder. É compreensível. E está usando o que tem para, desesperada, tentar desvincular a polarização nacional da eleição em Rio Branco. Quer por fim à força dizer que Bocalom, o atual prefeito da capital, não representa o ex-presidente Bolsonaro, exatamente para evitar que o candidato da esquerda, Marcus Alexandre, seja obrigado a carregar o peso de seu padrinho nacional, o Lula, e um outro local, mais paroquial, o Jorge Vianaz rejeitados por aqui, bem rejeitados. A ideia é despolarizar, como se Rio Branco fosse uma cidadezinha interiorana, onde alguns partidos se juntaram convenientemente, misturando ideologia, por serem lugares onde todo mundo é parente, onde a ideologia pesa menos que o quilo de algodão. Na capital, gente, a cuica toca diferente. Inevitavelmente, um tipo de eleitor vai votar de camisa amarela, e o outro de vermelho. As pesquisas dizem isso. E certamente por isso o desespero pela despolarização. Aqui todo mundo sabe que Alexandre anda com PT, PCdoB, PV e PSD; Bocalom com PL, União Brasil, Progressistas…. O confronto de ideias será inevitável, pode espernear quem quiser.

Eleitor atento
O eleitor da esquerda menos pragmático vai votar no Jenilson Leite, candidato a prefeito pelo PSB. O mais atento, que está interessado na volta do grupo que governou o Acre por 20 anos, vai aplicar seu voto em Marcus Alexandre.

Muita gente a favor
A entrada definitiva do senador Márcio Bittar (UB) na campanha do prefeito Zequinha Lima (PP), em Cruzeiro do Sul, termina de consolidar uma das maiores alianças para as eleicows desse ano. Vai ser difícil a família Sales arrebatar essa prefeitura outra vez.

Disputa em Sena
Um dos maiores prefeitos da história de Sena Madureira, Mazinho Serafim (Podemos) conseguiu, antes do início da campanha, de fato, colocar seu candidato, o vereador Alípio Gomes (PSD), com quase 30 pontos. Quando chegar a hora de separar os homens dos meninos, Mazinho sabe mexer o doce. Sabe onde mora as andorinhas.

Envolvidos
Nos últimos dez dias está praticamente impossível falar com o governador Gladson Cameli e sua vice, Mailza. Os dois estão envolvidos até o pescoço nas convenções. E é porque disseram que eles não iam entrar na campanha.

Três grandes
Quem faz uma campanha gigante para vereador em Rio Branco são três ex-deputados estaduais: Eber Machado e Neném Almeida do MDB, e Jamil Asfuri.

Passadas certas
Quem está trabalhando bem direitinho nessa pré-campanha para não ter problemas em relação a 2026 é o senador Alan Rick (UB). Tem, inclusive, se mantido um tanto discreto.

Cargo comissionado
Eu nunca vi um cargo comissionado ir para um evento político contra a vontade. Isso é impensável. O sujeito precisa da reeleição do seu candidato. Portanto, dizer que na festa da esquerda, no Sesc, não tinha cargo comissionado obrigado, é retorica barata.

Vai ou não?
Insisti em perguntar ao deputado Roberto Duarte (Republicano) se vai pra rua nas caminhadas com Marcus Alexandre, a quem criticou duramente. Resposta dele: “Vou cuidar do interior, onde meu partido está em muitas alianças”.

Reflexão
“A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém”. Apocalipse 22:21