COLUNA DO EVANDRO | As duas faces de Jorge Viana com sua Apex no Acre: uma no Palácio Rio Branco e outra na Fecomércio

O ex-senador Jorge Viana (PT) constrangeu membros do governo Gladson Cameli na última segunda-feira (16), ao falar para empresários em um evento realizado na sede daComércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC), para se apresentar como novo presidente da Apex, agência que cuida das exportações. Ele não usou subterfúgios para criticar o atual Governo. Foi direto. Pronunciou que não houve avanços nas exportações desde que ele e sua turma deixaram o poder, alegou que o fórum de desenvolvimento formado por empresários é uma criação dele e que, com ele na Apex, o Acre vai, finalmente, voltar a avançar. Ou seja: continua o velho Jorge de sempre, com a arrogância que lhe é peculiar, tentando fazer um caminho de volta ao Palácio Rio Branco sem primeiro mudar seus modos. Não reconhece nada do atual governo, nem faz meia culpa pelo monte de atrocidades que os governos dele e do irmão, Tião, comentaram, inclusive com a economia do Acre, deixando salários atrasados e empresários falidos e doentes.

Falei com alguns dos ouvintes que estiveram no evento e todos tem a mesma opinião, a de que o velho JV está, com esse comportamento, correndo o sério risco de continuar sua saga de derrotas, como nas três últimas eleições. A influência de Lula no Acre, na qual parece estar muito confiado, é zero, politicamente. JV, ao invés de “acer pontes”, como sugere o Papa Francisco, ergue muros. E ainda mostra duas caras em uma passagem pelo Acre para exibir seu novo cargo na República, uma na agenda do Palácio, na frente do governador Gladson Cameli, e a outra na Fecomércio, onde acha que continua temido pelos empresários, como era há 18 anos. Assim, subestima maioria dos eleitores do Acre, generosos com o atual governador em duas eleições, dando-lhe folgadas vitórias em primeiro turno. E ninguém vota em gestor ruim!

DEFENSOR DA DEMOCRACIA

Surpresa a medida do STF em lacrar as contas do senador eleito Alan Rick (UB) nas redes sociais. Quem lhe segue sabe que jamais defendeu atos terroristas. Alan sempre foi intransigente defensor da democracia.

INTELIGENTE

Alan Rick (UB), a rigor, está sendo inteligente no trato com o Palácio Rio Branco. A continuar assim, vai acabar conseguindo disputar a eleição para governador em uma grande aliança.

BELA SURPRESA

Para quem achava que a deputado federal eleita Socorro Neri (PP) ia ficar pianinho ante ao Governo Lula, eis que ela surge nesta quinta-feira (19), afiada, rebatendo Twitter do presidente Lula, que terá encontro com reitores das universidades federais e do qual amanheceu se gabando. Em resposta, Neri disse que ele, Lula, começou foi mal com a educação, ao vetar investimentos.

AINDA SOBRE A PESQUISA

Conversando com um expert em pesquisa, ele explicou o seguinte: “nesse momento, ao ser perguntado em quem votar para Prefeito em 2024, o eleitor recebe uma pancada no juízo. Ele não está em condições psicológicas de fazer uma avaliação calculada, porque o ano acabou de virar, tem contas a pagar ainda do ano passado, vem aí material escolar para comprar. Então, esse entrevistado do instituto recorre ao famoso recall. Ou seja: o primeiro que vem à cabeça ele abarca.

NÃO É EXCEÇÃO

Não adianta reclamar de nomeações de pessoas que participaram de outros governos. Isso vai acontecer sempre. As alianças em cima puxam essa turma mais de baixo.

ARRUMAR O MALFEITO

Caso aceite dirigir o DNIT, Marcos Alexandre terá a incrível oportunidade de reconstruir uma das obras mais defeituosas feitas no Acre pelo PT, a BR-364. A rigor, ele mesmo foi o engenheiro comandante em uma das fases do serviço naquela época.

GRATIDÃO NA CAGEACRE

O gestor público e pastor da igreja do Evangelho Quadrangular Jesse Cruz vai ser lembrado sempre pela passagem na presidência da Cageacre, durante o primeiro mandato do governador Gladson Cameli (PP). São muitas as razões para a gestão dele não cair no esquecimento. Primeiro pegou a Cageacre sucateada, abandonada que foi na era PT. Arrumou a casa e deixou um orçamento de R$ 11 milhões para 2023.

A gratidão tem sido recíproca entre ele e o governador. Jessé poderá ser aproveitado ainda pelo governo, embora seu padrinho, o deputado Antônio Pedro (UB), tenha perdido a eleição. Ele aceitaria, mas não está tão focado nisso. Disse que a coluna que, por enquanto, está ligado nos afazeres da igreja e pensando em uma proposta de um pequeno partido para que dispute a prefeitura de Rio Branco.