EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO Bocalom, o adversário mais difícil de bater para quem quer a cadeira dele
A cobiça pela cadeira ocupada pelo prefeito Tião Bocalom (PL) é grande, sobretudo por parte da esquerda, que não aguenta mais a abstinência forçada de poder. O candidato que representa Lula no Acre, aboletado no MDB, aproveita o recall eleitoral que dispõe para minar o propósito da reeleição do atual prefeito. Os demais postulantes, o ex-deputado Jenilson Leite (PSB) e o atual deputado Emerson Jarude (NOVO) não podem ter suas candidaturas ignoradas, mas são francos atiradores, pelo menos até o momento, ao redor de uma polarização. Podem ainda surpreender? Claro que sim. Não é costume do eleitor, mas de repente um deles se apresenta com a esperança que falta em Bocalom e Alexandre e aí acontece. Mas onde quero chegar? Na dificuldade que todos eles terão para vencer o atual gestor da capital. Bocalom tem defeitos, nenhum deles, todavia, capazes de descontrui-lo politicamente. É que não são no âmbito do mandato. Ser teimoso, como dizem que é, não é demérito político. Namorar sendo viúvo, pior. Um amor se vai, outro vem, diz o poeta. Na cidade, Bocalom está parecendo um tatu, cavando pra todo lado. Obras importantes, muitas; aliados políticos, a maioria da direita e até alguns setores da esquerda antipatizados pelos destinos tomados. Enfim, vai ser difícil atacar o velho Boca. Não tem como percha-lo de nada negativo sobre gestão. É melhor seus oponentes pensarem em se apresentar mostrando como farão melhor que ele. Bocalom é workrolic.