EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO Campanha chega na reta final e agora é com o eleitor; todo os candidatos tiveram como mostrar suas plataformas
Termina mais uma campanha no Acre e apesar da pancadaria entre as turmas de cada um dos quatro candidatos, alguns com mais intensidade, na segunda-feira, 7, estará todo mundo na mesma pequena cidade, onde todos se conhecem. Os muros são baixos ainda. O maior confronto foi entre apoiadores das candidaturas polarizadas, de Tião Bocalom (PL) e Marcus Alexandre (MDB), mas nada que possa dividir a capital com um muro, depois do pleito. Assim sendo, agora é a vez do eleitor, principalmente daquele que não se mete na briga, fica de longe. É esse que é maioria e vai pra urna. Que escolha o que possa ser melhor para Rio Branco e no caso do interior, para todos os municípios. Entre alguns exageros, faço minha mea-culpa. Deixei passar no site uma matéria que estrapolou o confronto político, mas ‘despubliquei’ rápido e fiz um público pedido de desculpas. Espero ter sido compreendido. É mais uma campanha para a gente aprender, sobretudo saber que depois da eleição, vamos estar no mesmo ônibus, na mesma praça. Registre-se, também, a boa performance dos programas eleitorais no rádio e TV, além dos debates e sabatinas, onde houveram muitas trocas de acusações, algumas infundadas, sem pé nem cabeça, outras dignas de serem levadas a sério. Grosso modo alcançaram seus objetivos, ao que parece, de mostrar suas plataformas para os expectadores, telespectadores e internautas. Que o eleitor tenha sabedoria para escolher pelo bem de todos.
Pesquisas
Muita polêmica envolvendo as pesquisas nessa campanha. De fato, no início do processo alguns institutos pesaram a mão e chegaram a ser acusados de estarem a serviço desse ou daquele candidato. A questão é que, com a proximidade do pleito, seus profissionais responsáveis não querem perder a credibilidade, razão pela qual os últimos números já são bem parecidos. Não há mais tanta disparidade.
Ganhou afago
Disputando a eleição para vereador em Rio Branco pelo Republicano, o ex-assessor da ex-deputada federal Vanda Milani, Célio Saraiva, há tempos não via sua ‘madrinha’. Nesta semana foi tomar um café com ela e a reaproximação foi calorosa. Ela tem outro candidato, mas o Célio precisava desse afago, pela importância da Dra Vanda.
Sem novidade
Deputada federal, Antônia Lúcia (Republicanos) pode e deve apoiar vários candidatos. Precisa formar um time para 2026. Por isso não é novidade aparecer pedindo votos pra alguém que não seja a própria filha, Gabriela Câmara (PP).
Cresceu, apanha
Geralmente os candidatos que mais apanham são os que as pesquisas internas mostram crescimento. Nessa reta final, três deles levaram peia dos adversários e das militâncias: Zequinha Lima (PP), Cruzeiro do Sul, Tião Bocalom (PL), Rio Branco, e Mazinho Serafim (Podemos), Sena Madureira.
Os suplentes
Sempre bom registrar o seguinte: Se o deputado estadual Gilberto Lira (UB) ganhar a prefeitura de Sena Madureira, quem assume em seu lugar na Assembleia Legislativa é Antônio Pedro; caso o deputado federal Gerlen Diniz (PP) seja o vencedor, em seu lugar, na Câmara Federal, assume o empresário José Adriano, da Fieac.
Dupla pé quente
A campanha que está a todo vapor é a do sindicalista da saúde, o Aiache, mas também não é pra menos, têm o apoio de peso dos irmãos Willian e Wellington Oliveira. Os meninos não brincam quando o assunto é política. São conhecidos pelo pé quente, quando ajudaram outros candidatos.
Fim de ciclo
Caso Michel Marques (UB) ganhei as eleições em Bujari, ele será responsável por encerrar um ciclo na vida do prefeito João Padeiro (PDT), três vezes prefeito e seus dois primeiros mandatos muito aplaudidos, mas esse último muito aquém do esperado.
Doutores em assédio
Pessoal do PT não tem bagagem para questionar assédio a servidores. Eram doutores quando estiveram no poder, segundo o senador Márcio Bittar (UB).
Sem as igrejas
Pela primeira vez uma eleição em Rio Branco tem participação muito discreta das igrejas evangélicas. Nem a toda poderosa Igreja Batista do Bosque, tampouco Assembléia de Deus tiveram participação como já foi um dia.
Campanhas top
João Paulo (Podemos), João Marcos Luz (UB), Éber Machado (MDB), Elzinha (PP), Gabriela Câmara (PP) e Samir Bestene (PP) estão entre os candidatos que parecem ter feito as campanhas mais organizadas, pelo menos aparentemente. Isso não quer dizer que vão ganhar.
Os silenciosos
Toda eleição aparecem eleitos um ou dois candidatos que pouco se ouviu falar na campanha. Faço uma listinha dos sumidos que podem surpreender: Pastor Serginho (Podemos), Leandro Costa (Cidadania) e Isaque Ronaltti (PSB).
Luta gloriosa
Como ex-assessor no Tribunal de Justiça, oportunidade concedida pelo desembargador Pedro Ranzi, tenho a mínima ideia do quanto um homem batalha para adentrar na magistratura e mais ainda, atingir o ápice da carreira como desembargador e presidente do TJ. Por isso registro a chegada de Laudivon Nogueira nesse topo.