EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO | “Difícil não vai ser se eleger esse ano, difícil será achar um partido que tenha chapa”, prevê ex-deputado federal Chicão Brígido
Na opinião do ex-deputado federal e ex-vereador Chicão Brígido, maioria dos dirigentes de partidos está blefando quando diz que já tem chapa pronta. “Exceto uns dois partidos grandes, o resto nenhum tem chapa coisa nenhuma”, diz ele, que pensa em voltar a disputar uma eleição em outubro desse ano. Chicão foi um fenômeno eleitoral nos anos 1990. Se elegia fazendo campanha da sala de casa, telefonando para as centenas de amigos que tem, tática que em eleições mais recentemente se mostrou ineficaz. Esse ano, diz ele, se achar uma boa parceria com um candidato a federal, disputa para estadual.
Previsões do Chicão
Chicão Brígido acha que fora os blefes de dirigentes partidários, as eleições desse ano serão interessantes, entre outras pelo fato de a antiga oposição, vitoriosa em 2018, ir pra urnas toda fragmentada. Apesar disso vê o governador Gladson Cameli favorito. Não acredita no ressurgimento da esquerda, ao menos com a configuração que tinha.
Regra nova – e dura
As dificuldades de achar uma chapa boa nas eleições desse ano é decorrência da regra nova, por meio da qual foi extirpada a disputa em coligações. Agora, cada partido terá que apresentar chapa completa e, além de ter que alcançar uma linha de corte, os candidatos precisarão ter no mínimo 20 desse corte para poder ser declarado eleito. Ou seja: mais que eleger alguém, os partidos precisam trabalhar a exaustão até início de abril, quando encerra o prazo para filiações, se objetivam, de fato, montar chapas competitivas.
Federação é a salvação
PT, PSB, PV e PCdoB estão discutindo nesta quinta-feira, 10, em Brasília, uma federação. No Acre, os parlamentares dessas siglas fazem figa para que cheguem a um acordo. Só isso salvará a reeleição da Perpétua Almeida e dos deputados estaduais do PT.
Base se apresentando
Durante ato de convocação do cadastro de reserva da PM, no Palácio Rio Branco, uma coisa parece ter ficado clara: a apresentação da base de sustentação do Governo na Assembleia Legislativa. Estava toda a base presente e fazendo discursos com alto teor de comprometimento. “Parabéns, governador Gladson!”, exclamou Fagner Calegário (Podemos) em tom maior, como nunca se tinha visto.
Gladson paz e amor
Outra fala que chamou a atenção foi a do governador Gladson Cameli, sempre muito bem-humorado, ele tentou insinuar uma rusga na testa para ameaçar sua oposição: “Acabou o Gladson paz e amor”. Mas depois explicou. Esse novo Cameli é contra seus algozes covardes, que na ânsia de lhe atacar, acabam prejudicando o Estado.
Já era
Foi para o beleléu o acordo do ano passado de que o candidato a Senador do palanque de Gladson Cameli seria o melhor nas pesquisas. O argumento agora é o seguinte: pesquisa não ganha eleição e isso é fato. Mas, digamos que, mesmo sem auxílio de pequisas, resolvam disputar os cinco, o PT agradece. Jorge Viana, com 23%, que deverá ser seu teto nessas eleições, leva tranquilo.
Blefe no balde
Outro grande blefe nessa pré-campanha são alguns lançamentos de candidaturas a governador. Por enquanto só tem um candidato certo, o governador Cameli, que vai para a reeleição.
Fake news
Um grupinho de petistas ligados a educação está fazendo um inferno do governador Gladson em meio a categoria. Numa espécie de panfletagem eletrônica, estão distribuindo mensagens entre professores e servidores advertindo que se não der pelo menos os 33% que o Bolsonaro vai dar para educação, Cameli não o fará porque não quer. Quando todo mundo sabe que salário de servidor não é bem assim.
Baixa para estadual
Tem uma aposta nos bastidores segundo a qual o ex-deputado Ney Amorim, ou no Podemos, ou em outra sigla, disputa para estadual. Ney ainda anda muito abatido depois de perder o esteio materno e político dele, com a morte da mãe, dona Graça.
Dinheiro só pra elite
Candidato a deputado federal que não esteja no mandato não sonhe em grandes cifras para a campanha, mesmo com o valor astronômico do fundão eleitoral. Gente sem mandato dentro de partido em campanha eleitoral é como herdeiro deixado de fora do testamento.
Ilusão
Como disputei duas eleições sem dinheiro, me arrepio todo quando um amigo também liso vem avisar que é candidato. Esse tipo de gente agora deveria se valorizar, porque os donos de mandatos agora precisam formar chapa sem a existência das coligações.
Só ela
Dentre os vereadores de Rio Branco só a Michelle Melo (PDT) deverá disputar as eleições esse ano. De fato, com bala na agulha para isso, só ela mesma, além do presidente, N Lima e do Samir Bestene, ambos do Progressistas. Só que Lima já tem o filho Whendy, que é deputado e deve ir para reeleição, assim como Samir, que vai trabalhar pela reeleição do pai, José Bestene.
Limite
Fernanda Hassem (PT), prefeita de Brasileia, está ligada apenas em duas pré-campanhas, uma delas a do irmão, Tadeu Licurgo. Fora isso, não dará um passo por mais ninguém.
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