COLUNA DO EVANDRO | Em que os debates contribuíram com a sociedade acreana até aqui se só mostraram ódio e inveja

O segundo debate com candidatos a governador do Acre na noite desta terça-feira, 27, na TV Acre, afiliada da Rede Globo, mesmo tendo terminado por ordem judicial na metade do segundo bloco, mostrou-se equivocado, igual ao primeiro, na TV Rio Branco, afiliada da TV Cultura, em relação ao objetivo desse tipo de evento, a apresentação de propostas. Na verdade, o menos avisado entre os telespectadores só tem conseguido perceber o rosário de ódio e pitadas consideráveis de inveja dentre os debatedores. A vítima, claro, é o governador Gladson Cameli (PP). Com exceção de Márcio Bittar (UB), todos os demais têm aproveitado para desancar contra o atual governador, verberizando ódio e uma inveja tão visíveis ao ponto de esquecerem até de se apresentar ao eleitor e de outros quitais inerentes a debates. Se sou o governador, a rigor, repensaria se estaria no próximo, amanhã, na TV Gazeta, se a Justiça permitir. Os adversários nem apresentam suas propostas, nem deixam Cameli apresentar as dele. Assim como negam seus feitos, como fez um ensandecido Jorge Viana, um fantasma do PT que circula pelas ruas do Acre, cego, com glaucoma congênito, babando pelo canto da boca. Tanto que não viu a obra da ponte, em franco andamento, na cidade onde o partido dele sobreviveu às custas do drama de um seringueiro incauto, tirado para Cristo pela esquerda, o Chico Mendes. Isso mesmo, em Xapuri. Gladson está ligando a cidade velha com a Sibéria, um sonho que o PT não conseguiu realizar para quem tanto lhe deu vitórias esmagadoras. Ele foi também a Cruzeiro do Sul, mas de tanto ódio, por não estar sendo abraçado pelo povo, segundo as pesquisas, como achava que ia ser, não viu que andou sobre uma estrada do aeroporto duplicada pelo atual governo, perto de 10km. Enquanto passou pelas fronteiras só enxergou 16 militares do Gefron, enquanto 40 homens patrulham essas regiões sob o comando do Estado. Na penitenciária disse que uma empresa de Manaus fornece o alimento. A empresa não é de Manaus e só está fornecendo comida para apenados porque ganhou uma licitação às pressas, por menor preço, no início da atual gestão, em decorrência da empresa anterior, a Tapiri, ter falido por não receber dos governos do PT vultosas dívidas. Enfim, o ódio causou confusão mental na candidata Mara Rocha (MDB), que se referiu a uma emenda perdida no valor de R$ 10 milhões, como se fosse de agora. É uma emenda de 2018, gestão petista.

Por fim, os debates nada acrescentaram até aqui, senão uma confusão medonha na cabeça de quem vê a derrota logo ali e na mente de quem deveria estar sendo didaticamente esclarecido, o pobre do eleitor. Caso aconteça um próximo debate, sugiro mudar de canal e assistir futebol, onde os adversários são mais honestos em 90 minutos mostram suas propostas de jogo da forma mais clara.