EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO | Essa junção de PT e MDB no Acre é um aviso para o Gladson preparar o lombo, caso Lula vença
A junção praticamente oficial de PT e MDB no Acre não é uma aliança sem propósito. Numa sala onde estão João Correia, Vagner Sales, Flaviano Melo e Jorge Viana não sairiam, jamais, acordos amadores. O jogo é bruto e profissional. Mesmo derrotado de forma acachapante pelo Cameli, o grupo está vivo, arquejando, mas está. E ganhará sobreviva numa eventual vitória de Lula. E muita sobrevida. Esses dias pintou uma promessa prosaica do ex-senador Jorge Viana segundo a qual, se Lula ganhar, Jorge vai ajudar o governador diante do novo cenário nacional. A piada é pronta, porque a realidade seria outra. É sugestivo lembrar o que eles trataram na reunião desta terça-feira na sede do ‘glorioso’. Segundo o jornal Notícias da Hora, teria sido sobre “apoio a Lula, futuro do Acre e operação Ptolomeu”. A fonte é boa. Não custa lembrar, também, que, quando Lula e Dilma estiveram no poder, o aliado de primeira hora era exatamente o MDB, que nessa campanha fantasiou uma candidatura no primeiro turno apenas para não parecer o que de fato são. A candidata Simone Tebet quase ficou sozinha, porque mais de metade dos emedebistas assumiu Lula foi no primeiro turno. Portanto, o governador Gladson Cameli cuide de sua retaguarda, avisado que está a partir dessa coalizão. Olhos abertos até durante o sono não seria demais, porque quando o sistema se une não tem popularidade que salve couro de inimigo.