EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO I Embargos em terras do Acre colocam Marina e Jorge Viana no mesmo patamar de vingança do Lula
O presidente Lula (PT) não esconde de ninguém que voltou para se vingar dos inimigos. E estar a trabalhar nisso com muito afinco. Não engole a cadeia, muito menos a rejeição que sofreu. Isso não é bom para um velhinho de quase 80 anos, mas ele deve saber o que está fazendo. É preciso respeitar a maioria do povo que o quis assim mesmo.
Essa sanha do Lula parece ter infectado sua ministra do Meio Ambiente. Com rejeição grande no Acre, onde dizem na rua que não se elege nem mais a vereadora, a agora deputada federal por São Paulo, Marina Silva (Rede), que se afastou para assumir o Ministério do Meio Ambiente, colocou os cavalos atrás de quem tem terra, sobretudo, quem não tem documentos ou que desmatou sem licença. Embargou terra de quem tem 10 mil cabeças de gado e de quem cria apenas para a subsistência. E deu poucos dias para retirada do rebanho.
A ex-senadora pelo Acre está amparada pela lei, que é a mesma desde quando a esquerda governou o pais com a saída dos militares, criando uma nova Constituição. Até deixarem o poder, em 2016, nunca apareceram com esse rigor todo contra o produtor. Pelo contrário, foi um período em que a Amazônia foi duramente agredida.
Conversei com lideranças rurais e dirigentes de entidades ligadas ao campo e a maioria não vai entender jamais tamanho rigor pra cima do agro. “Só pode ser vingança”, diz o Nesio Carvalho, que puxa um movimento no interior do Acre ao protestar contra as medidas.
Ele encaixa o ex-senador Jorge Viana no mesmo pacote, uma vez que faz parte do Governo Lula, mesmo ele tendo aproveitado para acenar uma possível ida ao Ibama com intuito de conversar e conter a sanha.
Curioso em torno dessa confusão toda, que virou assunto durante todo o feriado, é que, segundo os números dos institutos que vigiam a Amazônia, o maior desmate registrado nos últimos seis anos aconteceu exatamente nos três primeiros meses de 2023. Esquisito, né?
Projeto PP
Em projeto com o deputado estadual Nicolau Júnior, Gladson Cameli poderá eleger o maior número de prefeitos e vereadores da história em 2024. Um grande número de filiações acontece ainda nos primeiros seis meses desse ano.
Perto do MDB
De uma fonte bem segura: o ex-prefeito Marcos Alexandre está bem perto de assinar ficha de filiação no MDB. Na verdade, aquilo que a coluna anunciou há três meses.
Sem like
Um ou dois opositores do governador Gladson Cameli, daqueles que não ganham nem likes nas redes sociais, queriam hoje a inauguração dos viadutos e dos ramais, em comemoração aos cem primeiros dias do mandato. Vão continuar sem like! Precisam se espelhar na oposição que faz o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), sempre coerente.
Primeiro o 01
Ouvi no almoço de domingo: “o secretário de Agricultura, Luiz Tchê (PDT), nunca fala em seu próprio nome em nenhum evento. Sempre coloca o governador Gladson Cameli em primeiro lugar”.
Com os burros n’água
Alan Rick (UB), mesmo sendo oposição, foi recebido pela ministra acreana Marina Silva. Foi pedir pelos agricultores do Acre. Diz a fonte da coluna que deixou o gabinete triste. Teria ouvido dela que o Governo Federal não vai abrir um milímetro.
Só um jeito
O PT do Acre só tem uma alternativa para não ficar sem representante nas câmaras municipais e eleger ao menos uns dois prefeitos em 2024: “é não esperar pelo ex-senador Jorge Viana”. Foi o que ouvi de um petista antigo.