COLUNA DO EVANDRO | “Já estou avexado pra voltar ao combate”, diz Ney Amorim ao falar a primeira vez depois da derrota pro Senado

O ex-deputado estadual Ney Amorim (Podemos) está fora do Acre cuidando do tratamento da filha, para onde embarcou logo depois da eleição. É a primeira vez que ele fala depois do resultado das urnas, quando acabou ficando em segundo lugar na disputa pelo Senado, sendo Alan Rick (UB) o vencedor. Ney disse que vai desembarcar nos próximos dias em Rio Branco para poder finalmente falar sobre seu futuro, inclusive sobre a disputa das eleições em 2024, cujo nome dele é citado sempre como um possível candidato. Disse a coluna que não tem ressentimentos, magoa nenhuma pela derrota e que, na verdade, está avexado para voltar a trincheira. “A política está no sangue. Uma vez dentro, nunca mais fora”, disse. Ney também não quis falar sobre se segue a parceria com o governador Gladson Cameli (PP), no governo de quem poderá participar. “Quando chegar aí vou avaliar tudo isso”, diz Amorim.

Pancada na igreja

Andei conversando com alguns colegas teólogos sobre a participação da igreja nas eleições nacionais desse ano e todos eles convergem para a seguinte opinião: os cristãos tomaram uma porrada de graça, pela exposição demasiada à que se submeteram. Mas também concordam em uma premissa, a de que a escolha não foi errada a luz da Bíblia, a forma como a igreja se comprou é que foi equivocada.

No aguardo

“Marquei uma agenda com o governador logo depois da eleição. Estou esperando ele chamar, porque a parceria é muito importante pra prefeitura”. Do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP).

Isolado

Prefeito de um próspero município, Acrelândia, Olavo Boiadeiro (MDB) vive isolado politicamente por decisão própria. Foi contra qualquer coisa sugerida pelo governador Gladson Cameli, inclusive sua reeleição. Mesmo assim Cameli continua tratando o município dele com a mesma deferência que tem por regiões administradas por seus parceiros políticos.

Troca de plataforma

Supermercados do Acre estão praticamente encerrando suas contas de marketing com as emissoras locais. Maioria passou a utilizar as redes sociais. Os digitais influencer viraram as rádios e TVs de um passado recente.

Divisão na PM

Dividida na última eleição, a Polícia Militar acabou não elegendo ninguém para deputado estadual. Nem mesmo quem já estava na Aleac, caso do sargento Cadmiel, conseguiu voltar. Fica a lição para a disputa de vereador.

Sem pastor

Para a nova legislatura também não se elegeu nenhum pastor. O que está na atual legislatura, Wagner Felipe (Republicanos), não conseguiu retornar, mesmo tendo tido apoio da deputada federal eleita Antônia Lúcia (Republicanos). Dizem que a morte do irmão dele, pastor Walter José, foi determinante para a derrota.

Embrião

Novo núcleo do segundo mandato do governador Gladson Cameli começa a ser embrionado. Pelo que se dá pra enxergar, vem aí uma gestão bem mais técnica que política.

Adversário de Bocalom

Eleito com mais de 21 mil votos para deputado federal, o coronel Ulisses Araújo acha que será importante participar da discussão sobre a sucessão na prefeitura de Rio Branco. Aliás, ele vai participar, segundo já teria declarado. Na prefeitura está um adversário seu, Tião Bocalom, com quem desentendeu-se ainda quando estavam no PSL.

Forte apoio

Na disputa pra reeleição, em 2024, o prefeito Zequinha Lima (PP), de Cruzeiro do Sul, tem um time de primeira linha a postos para apoia-lo, os deputados estaduais Nicolau Júnior (PP), Luiz Gonzaga (PSDB) e Clodoaldo Rodrigues (Republicanos). E ainda tem o governador Gladson Cameli, concluindo a duplicação da estrada do aeroporto em Cruzeiro do Sul.